Bolsonaro nomeia olavistas indicados por Weintraub para Conselho Nacional de Educação Bolsonaro nomeia olavistas indicados por Weintraub para Conselho Nacional de Educação
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Bolsonaro nomeia olavistas indicados por Weintraub para Conselho Nacional de Educação

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 10.07.2020 13:53 comentários
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Bolsonaro nomeia olavistas indicados por Weintraub para Conselho Nacional de Educação

Jair Bolsonaro acatou sete das 12 indicações de Abraham Weintraub para comporem o Conselho Nacional de Educação (CNE)...

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Bolsonaro nomeia olavistas indicados por Weintraub para Conselho Nacional de Educação
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Jair Bolsonaro acatou sete das 12 indicações de Abraham Weintraub para compor o Conselho Nacional de Educação (CNE).

A indicação foi um dos últimos atos de Weintraub antes de sair do Ministério da Educação, a fim de colocar representantes da ala ideológica no CNE.

As escolhas de Bolsonaro foram criticadas pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), que emitiram uma nota de repúdio.

Para a Câmara de Educação Básica, foram nomeados dois olavistas: Tiago Tondinelli, aluno de Olavo de Carvalho e ex-chefe de gabinete de Ricardo Vélez; e Gabriel Giannattasio, professor da Universidade de Londrina (UEL).

Além deles, outras seis pessoas foram escolhidas: William Ferreira da Cunha, assessor de Carlos Nadalim; Amábile Pácios, filiada ao PL; Valseni José Pereira Braga, diretora do sistema Batista de Educação; os pesquisadores Fernando César Capovilla e Augusto Buchweitz; e Suely Menezes, que foi reconduzida ao cargo.

Para a Câmara de Ensino Superior, foram nomeados Aristides Cimadon, um dos cotados para o MEC; Anderson Luiz Bezerra da Silva; José Barroso Filho; Wilson de Matos Silva; e Luiz Roberto Liza Curi, que foi reconduzido.

O Planalto vetou o nome de Jean Marie Lambert, que ficou conhecido após entrar com uma ação na Justiça pedindo o direito de ministrar curso de extensão sobre ideologia de gênero na PUC de Goiás.

Ricardo Costa, ex-assessor de Vélez e professor da Ufes, também foi indicado por Weintraub, mas não foi nomeado. Evandro Faustino, Antonio Veronezi e Luis Henrique Amaral igualmente não foram escolhidos.

O CNE é o órgão responsável por uma série de deliberações envolvendo a educação no país — como, por exemplo, diretrizes educacionais e curriculares, além de aprovações de cursos superiores.

Segundo o MEC, as atribuições do CNE são “normativas, deliberativas e de assessoramento ao Ministro de Estado da Educação”. O conselho auxilia a pasta “no desempenho das funções e atribuições do poder público federal em matéria de educação, cabendo-lhe formular e avaliar a política nacional de educação, zelar pela qualidade do ensino, velar pelo cumprimento da legislação educacional e assegurar a participação da sociedade no aprimoramento da educação brasileira”.

Ainda de acordo com o ministério, a “missão” do CNE é “a busca democrática de alternativas e mecanismos institucionais que possibilitem, no âmbito de sua esfera de competência, assegurar a participação da sociedade no desenvolvimento, aprimoramento e consolidação da educação nacional de qualidade”.

Abraham Weintraub deixou o comando do MEC no dia 18 de junho, após uma gestão tumultuada. O hoje ex-ministro virou alvo de setores ligados à educação, mas sempre contou com o apoio dos filhos de Bolsonaro, do próprio presidente e do grupo mais “ideológico”.

A situação de Weintraub começou a se complicar depois que veio à tona fatídica reunião ministerial de 22 de abril. Quando o vídeo do encontro foi divulgado por autorização do STF, chamaram atenção os xingamentos e ataques do então ministro aos integrantes da Corte — a quem chamou de “vagabundos”.

A saída de Weintraub do MEC foi anunciada pelo próprio ministro em um vídeo em que estava ao lado de Bolsonaro. Ele logo viajou para os Estados Unidos, onde ganhou um cargo no Banco Mundial por indicação do governo brasileiro. No Brasil, críticos do ex-ministro o acusaram de ter fugido do país com medo de ser preso.

Como noticiamos há pouco, o Banco Mundial classificou como “moderadamente insatisfatório” o desempenho do governo no projeto da reforma do Ensino Médio. Essa classificação foi atribuída em 25 de junho, dias depois de Weintraub deixar o país.

O Antagonista obteve nesta sexta-feira, por meio da Lei de Acesso à Informação, o texto da carta de demissão do ex-ministro. O documento assinado por Weintraub não tem a data de quando foi escrito ou enviado.

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