Bolsonaro convoca passeata pelo "Estado de direito" na Paulista Bolsonaro convoca passeata pelo "Estado de direito" na Paulista
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Bolsonaro convoca passeata pelo “Estado de direito” na Paulista

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5 minutos de leitura 12.02.2024 19:49 comentários
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Bolsonaro convoca passeata pelo “Estado de direito” na Paulista

"No dia 25, às 15h, estarei na Paulista realizando um ato pacífico em defesa do nosso Estado democrático de direito", disse o ex-presidente

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Bolsonaro convoca passeata pelo “Estado de direito” na Paulista
Foto: Reprodução/WhatsApp

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL; foto) convocou uma passeata na Avenida Paulista, em São Paulo, para o último domingo de fevereiro, dia 25.

“No dia 25, às 15h, estarei na Paulista realizando um ato pacífico em defesa do nosso Estado democrático de direito”, diz Bolsonaro em vídeo divulgado nesta segunda, 12.

Vestindo a camisa da seleção, o ex-presidente pediu que todos que compareçam venham vestidos de verde e amarelo.

Ele também lançou um alerta, por medo de represália legal: “Mais do que isso não apareçam com faixa ou cartaz contra quem quer que seja”.

“Nesse evento, eu quero me defender de todas as acusações que tem sido imputadas contra a minha pessoa nos últimos meses”, afirmou Bolsonaro em referência às associações entre ele e uma tentativa de golpe de Estado após a derrota nas urnas em 2022.

“Mais do que um discurso, uma fotografia de todos vocês, porque vocês são as pessoas mais importantes desse evento para mostrarmos a nossa união e as nossas preocupações que queremos: Deus, pátria, família e liberdade”, acrescentou.

Valdemar e Bolsonaro na mira da PF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, foram alvos de busca e apreensão da operação Tempus Veritatis, deflagrada nesta quinta, 8, pela Polícia Federal.

Além deles, os ex-ministros Anderson Torres, Walter Braga Netto e Augusto Heleno também foram alvos da operação.

Dois ex-assessores de Bolsonaro foram presos. São eles: Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens, e Filipe Martins, ex-assessor internacional do governo Bolsonaro.

Reunião dos aloprados

Em reunião de 5 de julho de 2022, que embasou a Operação Tempus Veritatis, Bolsonaro disse aos ministros que eles não poderiam deixar acontecer o que estava “pintado” e insinuou que a esquerda venceria o pleito mesmo se ele tivesse 80% dos votos.

“Nós sabemos que, se a gente reagir depois das eleições, vai ter um caos no Brasil, vai virar uma grande guerrilha, uma fogueira no Brasil. Agora, alguém tem dúvida que a esquerda, como está indo, vai ganhar as eleições? Não adianta eu ter 80% dos votos. Eles vão ganhar as eleições”, afirmou o ex-presidente.

“Todos aqui têm uma inteligência bem acima da média. Todos aqui, como todo povo ali fora, têm algo a perder. Nós não podemos, pessoal, deixar chegar as eleições e acontecer o que está pintado, está pintado. Eu parei de falar em voto imp… e eleições há umas três semanas. Vocês estão vendo agora que… eu acho que chegaram à conclusão. A gente vai ter que fazer alguma coisa antes”, acrescentou.

Bolsonaro deixa transparecer que não sabia que a reunião estava sendo gravada. “Igual aqui, se for gravado. Problema meu se vai ser divulgado ou não”, comentou quando falava sobre uma outra reunião ministerial que complicou sua vida.

Bolsonaro reclamava de seu ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, que atacou ministros do STF durante a reunião de 22 de abril de 2020.

Narrativa de fraude foi endossada por Valdemar

O requerimento que autorizou a Tempus Veritatis indica Valdemar como o mentor da ação judicial que questionava o resultado das eleições de 2022.

Diz o documento:

O alinhamento entre os investigados se demonstra, ainda, a partir das falas proferidas por VALDEMAR COSTA NETO, em 23/11/2022, um dia após ter ingressado com o pedido de anulação dos votos das urnas antigas [fabricadas em 2020] junto ao TSE:

[Fala de Valdemar] ‘Nós contratamos uma empresa de homens altamente qualificados para poder acompanhar as eleições, e eles, por coincidência e talvez por tecnologia, eles conseguiram atingir esse objetivo de conseguir algo palpável no segundo turno. No primeiro eles não pegaram. (…) No segundo turno eles aumentaram a equipe, trouxeram um gênio lá de Uberlândia e que ajudou muito a gente. Aí ele descobriu esse problema que o nosso pessoal não tinha descoberto. Então nós fomos obrigados a colocar isso aí’.”

No documento, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, afirmou que toda a ação preferida contra o resultado das eleições em 2022 teria sido financiada pelo PL, capitaneado por Valdemar Costa Neto.

Em acréscimo, a empresa Gaio.io possui um de seus endereços na cidade de Uberlândia/MG e o município é um dos domicílios vinculados a EDER LINDSAY MAGALHÃES BALBINO, investigado nestes autos, ‘o que demonstra que o Partido Liberal, através de seu representante máximo, VALDEMAR COSTA NETO, tinha plena ciência da interlocução e do alinhamento que os investigados desenvolveram na construção da narrativa de fraude as urnas eletrônicas‘.

Assim, a investigação demonstrou que (a) ‘dentro da divisão de tarefas estabelecidas pelo Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral, coube ao então presidente do Partido Liberal [PL]VALDEMAR COSTA NETO, financiar, divulgar perante a imprensa e endossar a ação judicial que corroborava a atuação da rede de ‘especialistas’ que subsidiaram ‘estudos técnicos’ que comprovariam supostas fraudes nas eleições presidenciais de 2022‘; e (b) ‘os investigados atuaram de forma coordenada, em unidade de desígnios, para desacreditar o sistema eletrônico de votação que regia as eleições presidenciais de 2022, utilizando-se de diversos meios, proclamados como ‘técnicos’ para gerar a formação de uma primeira impressão’.”

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