Bolsonarista Alê Silva indicou R$ 33 milhões de emendas secretas
A deputada federal bolsonarista Alê Silva (Republicanos-MG) destinou, entre 2020 e 2021, um total de R$ 33 milhões das chamadas emendas de relator. A informação consta em ofício enviado pela parlamentar ao presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em 29 de março deste ano...
A deputada federal bolsonarista Alê Silva (Republicanos-MG) destinou, entre 2020 e 2021, um total de R$ 33 milhões das chamadas emendas de relator.
A informação consta em ofício enviado pela parlamentar ao presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em 29 de março deste ano.
O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu, nessa segunda-feira (9), 100 documentos com autores e indicações das emendas até então secretas, com símbolo RP9. As informações referem-se às destinações de cerca de 400 parlamentares, antes mantidas em segredo pelo Parlamento. São valores excedentes aos que cada parlamentar tem direito anualmente. Jair Bolsonaro já chegou a dizer que a distribuição dessas emendas “ajuda a acalmar” o Congresso.
Alê Silva (foto) informou, por meio de uma longa tabela, que fez 132 indicações. A deputada recém-filiada ao Republicanos conseguiu destinar recursos da Secretaria Especial do Esporte e dos ministérios da Saúde, do Turismo, da Cidadania, da Agricultura, do Desenvolvimento Regional e da Educação.
Segundo a tabela divulgada pela deputada, a maior parte dos recursos já foi paga ou empenhada. As emendas de Alê Silva variam de R$ 100 mil a R$ 4 milhões. Há destinações para prefeituras de municípios de Minas Gerais e para a Codevasf local. Ainda de acordo com a parlamentar, as verbas seriam usadas para, por exemplo, recuperação de asfalto, construção de estradas e compra de equipamentos.
No ofício enviado a Pacheco, que, por sua vez, repassou o documento ao STF, a deputada bolsonarista diz que “todas as indicações foram realizadas com base nas necessidades e pleitos apresentados pelos municípios e com base nos princípios constitucionais da legalidade, publicidade, impessoalidade, moralidade e eficiência”.
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