No último domingo (10), uma artista de rua conhecida como MC Kisha denunciou que foi agredida por seguranças dentro da Estação da Luz, localizada no centro de São Paulo. De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a agressão ocorreu após um grupo de mulheres, incluindo a MC, obstruir a passagem dos demais passageiros.

Detalhes do ocorrido

Celebrada por suas rimas expressivas nos trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do Metrô paulista, MC Kisha apresentou a situação através de vídeos em suas redes sociais. As gravações retratam o confronto e as lesões resultantes da agressão. Segundo a artista, os seguranças da estação atacaram apenas por ela estar cantando no trem.

Os vídeos, registrados no vagão da Linha 7-Rubi, mostram as discussões entre a artista, suas amigas e os seguranças, que alegavam estar apenas rimando no local. MC Kisha também divulgou fotos que revelam parte de suas tranças arrancadas durante a agressão, além machucados no olho e na mão.

Vídeo mostra momento da agressão

Um vídeo anexado à denúncia mostra uma agente de segurança agarrando o cabelo de MC Kisha e então desferindo um golpe contra ela e contra o celular de uma amiga que registrava o incidente. No momento, a artista e suas amigas foram conduzidas ao 2º Distrito Policial para o registro da ocorrência.

Monitoramento do caso pela CPTM

A CPTM, em nota, relatou que a ação de seus seguranças foi para impedir o grupo de mulheres de tumultuar a viagem dos demais passageiros. Segundo o registro do agente, uma das mulheres teria agredido a vigilante após ser solicitada a sair do vagão. A companhia afirmou ainda que está coletando imagens do trem e da estação para auxiliar nas investigações e que tomará medidas administrativas se for comprovada irregularidade na atuação de sua equipe.

As investigações sobre o caso estão em andamento. A SSP relatou que tanto a MC Kisha quanto a agente de segurança afirmaram terem sido agredidas. A situação foi registrada no 2º DP (Bom Retiro) como lesão corporal e foi solicitada análise do IML para amparar as apurações.