Barroso e o “conjunto sórdido de provas ilícitas, produzidas por criminosos”
Na sua edição especial de final de ano, a Crusoé publicou um artigo do ministro do STF Luís Roberto Barroso. O título é "O sequestro da narrativa". Neste momento em que o Ministério Público está sob ataque, acusado injustamente de tentativa de censura à imprensa, é recomendável ler o ministro Barroso. Ele resume bem no que consistiu esa ação de Glenn Greenwald e seus companheiros. Escreveu Barroso: "Há em curso no Brasil, no entanto, um esforço imenso para capturar a narrativa do que aconteceu no país. Muita gente querendo transformar a imensa reação indignada da sociedade brasileira e de algumas de suas instituições no enfrentamento da corrupção numa trama para perseguir gente proba e honesta. E, para isso, não se hesita em lançar mão de um conjunto sórdido de provas ilícitas, produzidas por criminosos – Deus sabe a soldo de quem...
Na sua edição especial de final de ano, a Crusoé publicou um artigo do ministro do STF Luís Roberto Barroso. O título é “O sequestro da narrativa”.
Neste momento em que o Ministério Público está sob ataque, acusado injustamente de tentativa de censura à imprensa, é recomendável ler o ministro Barroso. Ele resume bem no que consistiu a ação de Glenn Greenwald e seus companheiros.
Escreveu Barroso:
“Há em curso no Brasil, no entanto, um esforço imenso para capturar a narrativa do que aconteceu no país. Muita gente querendo transformar a imensa reação indignada da sociedade brasileira e de algumas de suas instituições no enfrentamento da corrupção numa trama para perseguir gente proba e honesta. E, para isso, não se hesita em lançar mão de um conjunto sórdido de provas ilícitas, produzidas por criminosos – Deus sabe a soldo de quem.
Este processo de tentativa de reescrever a história, com tinturas stalinistas, produz as alianças mais esdrúxulas, de um extremo ao outro do espectro político. Só falta a criação de um Ministério da Verdade, como na obra 1984, de George Orwell, que vivia de reescrever a história a cada tempo, modificando os fatos. Nessa versão, tudo não passou de uma conspiração de policiais federais, procuradores e juízes, cooptados por um punitivismo insano contra gente que conduzia o país com lisura e boas práticas. Na conspiração, também foram incluídos a Receita Federal, o Banco Central e o Coaf.”
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