Ausente no ato realizado na avenida Paulista, em fevereiro, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), confirmou nesta sexta-feira, 19, presença na manifestação convocada por Jair Bolsonaro (PL) para domingo, 21, na praia de Copacabana.

Após evento na Fundação Getúlio Vargas (FGV), Castro indicou que usará o ato para criticar a ação da Procuradoria Regional Eleitoral que o acusa de abuso de poder político e econômico na campanha eleitoral de 2022 e pede a cassação de seu mandato.

“É importante estarmos defendendo a democracia em geral. Aqui no Rio de Janeiro tenho falado da questão da democracia, de se respeitar o resultado da urna daqui. As pessoas só falam de fora e esquecem de que um candidato que perdeu e uma procuradora totalmente tendenciosa estão tentando questionar os resultados das urnas. A gente vai defender que a democracia seja cumprida aqui no Rio de Janeiro, que a decisão de 4.930.288 pessoas seja mantida”, disse o governador fluminense.

A ausência de Cláudio Castro em SP

Ao contrário de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e de Romeu Zema (Novo), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), não compareceu ao ato promovido por Jair Bolsonaro (PL) na avenida Paulista, em São Paulo, em 25 de fevereiro.

Na ocasião, o governador fluminense foi aconselhado a não ir a São Paulo para evitar desgastes com o Supremo Tribunal Federal (STF).

Oficialmente, Cláudio Castro alegou ter uma viagem a Portugal, onde participou de uma feira de turismo e se reuniu com o embaixador do Brasil em Lisboa, Raimundo Carreiro, com quem discutiu sobre “as perspectivas para estreitar a relação comercial [do Rio de Janeiro] com a Europa”.

Em busca de um bom relacionamento com a Justiça

Investigado pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento em um esquema de corrupção, o governador Cláudio Castro tenta manter um bom relacionamento com o Poder Judiciário.

O ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou, em dezembro de 2023, a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telemático de Castro.

Na Operação Sétimo Mandamento, a PF apreendeu 128 mil reais e 7.535 dólares na casa do irmão de Castro, Vinícius Sarciá Rocha, além de anotações e planilhas com nomes e valores.

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