O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, gerou novo burburinho político após se reunir com Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, em Brasília. O encontro aconteceu fora da agenda oficial, logo após o depoimento de Jorginho à Polícia Federal, ocorrido na semana passada, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito que investiga uma suposta trama golpista.

A convocação do governador para prestar esclarecimentos à PF foi motivada por suas declarações à Jovem Pan News em janeiro, nas quais mencionou supostas conversas entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto. Essa revelação gerou grande repercussão, já que, por uma medida cautelar de Moraes, tanto Bolsonaro quanto Valdemar estão proibidos de manter qualquer comunicação.

Jorginho Mello foi flagrado com o líder do PL em um encontro informal em Brasília, que também contou com a presença de outros políticos, como o ex-deputado Fábio Ramalho (MDB), o suplente de senador Alex Diniz (PL) e o prefeito de Governador Valadares, Coronel Sandro (PL).

Tentava de paz no PL

O governador se encontrou nesta quarta-feira, 12, com o ex-presidente da República Jair Bolsonaro, afastando rumores de um possível rompimento político.

As especulações sobre suposto afastamento entre os políticos ocorreram após declarações envolvendo o contato de Bolsonaro com o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, que foi proíbido pelo ministro Alexandre de Moraes. Após a reunião, Mello afirmou a O Antagonista que “Bolsonaro sempre foi um grande parceiro”.

“O encontro de hoje com o presidente Bolsonaro foi muito significativo. Tivemos uma boa conversa sobre Santa Catarina e o Brasil, reforçando não apenas nossa parceria política, mas também uma amizade genuína. Tenho um grande respeito por ele, pela Michelle e por sua família. Bolsonaro sempre foi um grande parceiro do nosso estado e continua acompanhando com atenção o trabalho que estamos realizando”, afirmou a este site.