Após caso Prevent Senior, CPI da Covid vai prolongar trabalhos até o final de outubro
Diante das revelações do caso Prevent Senior, o G7, grupo de senadores independentes e de oposição na CPI da Covid, já admite que os trabalhos devem ser encerrados apenas na última semana de outubro...
Diante das revelações do caso Prevent Senior, o G7, grupo de senadores independentes e de oposição na CPI da Covid, já admite que os trabalhos devem ser encerrados apenas na última semana de outubro.
A proposta era defendida pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Mas, como mostramos, parte do G7 resistia à ideia, como os senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Tassio Jereissati (PSDB-CE).
Agora, os parlamentares acreditam que o caso Prevent Senior tem o condão de chegar à cúpula do governo federal e até ao presidente da República. Como mostramos na semana passada, funcionários do plano foram coagidos a votar em Jair Bolsonaro.
A revelação a advogada Bruna Morato, responsável por ajudar a elaborar um dossiê sobre a Prevent Senior, de que integrantes do Ministério da Economia e do “Ministério da Saúde Paralelo” firmaram um pacto para se manter a atividade econômica, mesmo no auge da pandemia, é visto como o principal indício de que o governo federal adotou o “tratamento precoce” como política pública ao longo da pandemia.
Além disso, os integrantes da CPI acreditam que o caso Prevent Senior pode trazer à tona a participação efetiva dos filhos do presidente da República nas ações do governo federal ao longo da pandemia de Covid. Na visão dos parlamentares, as denúncias sobre a empresa “fecham o ciclo” sobre a atuação do “Ministério da Saúde Paralelo” e sobre ações da pasta como, por exemplo, a instituição da plataforma TrateCov, destinada a prescrever medicamentos sem comprovação científica.
Outra justificativa dos senadores para postergar o final dos trabalhos diz respeito ao próprio Ministério da Saúde. Os parlamentares querem manter a pressão sobre o ministro Marcelo Queiroga para que o governo federal efetue novos contratos de vacinas para garantir a imunização da população brasileira em 2021 e 2022.
O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB), por exemplo, defende que Queiroga seja ouvido até o final dos trabalhos. Outro auxiliar de Bolsonaro que está na mira dos parlamentares é o ministro da Defesa, Braga Netto, ex-comandante da Casa Civil. Ele é apontado como o responsável por chancelar as determinações do presidente da República ao longo da pandemia.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)