Após caso Prevent Senior, CPI da Covid vai prolongar trabalhos até o final de outubro Após caso Prevent Senior, CPI da Covid vai prolongar trabalhos até o final de outubro
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Após caso Prevent Senior, CPI da Covid vai prolongar trabalhos até o final de outubro

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Wilson Lima
2 minutos de leitura 28.09.2021 15:02 comentários
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Após caso Prevent Senior, CPI da Covid vai prolongar trabalhos até o final de outubro

Diante das revelações do caso Prevent Senior, o G7, grupo de senadores independentes e de oposição na CPI da Covid, já admite que os trabalhos devem ser encerrados apenas na última semana de outubro...

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Após caso Prevent Senior, CPI da Covid vai prolongar trabalhos até o final de outubro
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Diante das revelações do caso Prevent Senior, o G7, grupo de senadores independentes e de oposição na CPI da Covid, já admite que os trabalhos devem ser encerrados apenas na última semana de outubro.

A proposta era defendida pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Mas, como mostramos, parte do G7 resistia à ideia, como os senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Tassio Jereissati (PSDB-CE).

Agora, os parlamentares acreditam que o caso Prevent Senior tem o condão de chegar à cúpula do governo federal e até ao presidente da República. Como mostramos na semana passada, funcionários do plano foram coagidos a votar em Jair Bolsonaro.

A revelação a advogada Bruna Morato, responsável por ajudar a elaborar um dossiê sobre a Prevent Senior, de que integrantes do Ministério da Economia e do “Ministério da Saúde Paralelo” firmaram um pacto para se manter a atividade econômica, mesmo no auge da pandemia, é visto como o principal indício de que o governo federal adotou o “tratamento precoce” como política pública ao longo da pandemia.

Além disso, os integrantes da CPI acreditam que o caso Prevent Senior pode trazer à tona a participação efetiva dos filhos do presidente da República nas ações do governo federal ao longo da pandemia de Covid. Na visão dos parlamentares, as denúncias sobre a empresa “fecham o ciclo” sobre a atuação do “Ministério da Saúde Paralelo” e sobre ações da pasta como, por exemplo, a instituição da plataforma TrateCov, destinada a prescrever medicamentos sem comprovação científica.

Outra justificativa dos senadores para postergar o final dos trabalhos diz respeito ao próprio Ministério da Saúde. Os parlamentares querem manter a pressão sobre o ministro Marcelo Queiroga para que o governo federal efetue novos contratos de vacinas para garantir a imunização da população brasileira em 2021 e 2022.

O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB), por exemplo, defende que Queiroga seja ouvido até o final dos trabalhos. Outro auxiliar de Bolsonaro que está na mira dos parlamentares é o ministro da Defesa, Braga Netto, ex-comandante da Casa Civil. Ele é apontado como o responsável por chancelar as determinações do presidente da República ao longo da pandemia.

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Wilson Lima

Wilson Lima é jornalista formado pela Universidade Federal do Maranhão. Trabalhou em veículos como Agência Estado, Portal iG, Congresso em Foco, Gazeta do Povo e IstoÉ. Acompanha o poder em Brasília desde 2012, tendo participado das coberturas do julgamento do mensalão, da operação Lava Jato e do impeachment de Dilma Rousseff. Em 2019, revelou a compra de lagostas por ministros do STF.

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