Antes de assinar com Pfizer, Saúde encomendou lote adicional de 50 milhões de doses da Covaxin Antes de assinar com Pfizer, Saúde encomendou lote adicional de 50 milhões de doses da Covaxin
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Antes de assinar com Pfizer, Saúde encomendou lote adicional de 50 milhões de doses da Covaxin

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Wilson Lima
3 minutos de leitura 25.06.2021 12:59 comentários
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Antes de assinar com Pfizer, Saúde encomendou lote adicional de 50 milhões de doses da Covaxin

Nota técnica do Ministério da Saúde em posse da CPI da Covid revela que o governo federal encomendou 50 milhões de doses adicionais da vacina Covaxin nove dias após ter assinado o primeiro contrato com a Precisa Medicamentos, representante do laboratório Bharat Biotech...

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Wilson Lima
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Antes de assinar com Pfizer, Saúde encomendou lote adicional de 50 milhões de doses da Covaxin
Foto: Divulgação/Bharat Biotech

Nota técnica do Ministério da Saúde em posse da CPI da Covid revela que o governo federal encomendou 50 milhões de doses adicionais da vacina Covaxin nove dias após ter assinado o primeiro contrato com a Precisa Medicamentos, representante do laboratório Bharat Biotech.

Além disso, conforme registros do Ministério da Saúde aos quais O Antagonista teve acesso, a encomenda para a aquisição de mais doses da vacina da Bharat Biotech ocorreu em um sábado, antes mesmo de a pasta ter assinado o primeiro contrato com a Pfizer para receber 100 milhões de doses de vacinas. O governo federal assinou com a Pfizer apenas em 18 de março deste ano.

As tratativas com o laboratório indiano estão na mira dos integrantes da CPI da Covid, sob suspeita de que o governo federal favoreceu, de forma ilegal, a Precisa Medicamentos. Hoje, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) vai falar à comissão sobre os alertas dados a Jair Bolsonaro sobre os indícios de irregularidades nos contratos da Precisa com o governo federal. O caso foi noticiado com exclusividade por O Antagonista. O presidente da República, por sua vez, alegou que “não foi gasto um centavo com a Covaxin”.

Em 25 de fevereiro, o Ministério da Saúde assinou o contrato com a Precisa Medicamentos para o fornecimento de 20 milhões de doses do imunizante indiano. Depois, em 6 de março (um sábado), sem qualquer previsão sobre a entrega do primeiro lote, a pasta encaminhou um ofício para a representante do laboratório Bharat Biotech e pediu mais 50 milhões de doses.

Reprodução/Ministério da Saúde

O pedido para a segunda remessa da Covaxin ocoreeu antes de o laboratório ter obtido documentos como a certificação de boas práticas e autorização de importação do imunizante. Em 29 de março, a Anvisa negou a certificação de boas práticas ao laboratório indiano; dois dias depois, o órgão também negou autorização para importação da vacina.

Para efeito comparativo, o contrato com a Pfizer somente foi assinado após a aprovação do imunizante pela Anvisa.

Como mostramos mais cedo, o governo federal assinou o primeiro contrato com a Covaxin exatamente 44 dias após ter recebido a primeira proposta do laboratório indiano, um recorde.

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Wilson Lima

Wilson Lima é jornalista formado pela Universidade Federal do Maranhão. Trabalhou em veículos como Agência Estado, Portal iG, Congresso em Foco, Gazeta do Povo e IstoÉ. Acompanha o poder em Brasília desde 2012, tendo participado das coberturas do julgamento do mensalão, da operação Lava Jato e do impeachment de Dilma Rousseff. Em 2019, revelou a compra de lagostas por ministros do STF.

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