Amoêdo defende impeachment de Toffoli
Ex-presidenciável falou em "postura eticamente incompatível e inaceitável no Estado de Direito" ao comentar caso Banco Master
João Amoêdo, um dos fundadores do Partido Novo e agora ex-integrante da sigla, defendeu o impeachment do ministro Dias Toffoli (foto), do Supremo Tribunal Federal (STF), ao comentar decisões do magistrado envolvendo o Banco Master.
Amoêdo, que disputou a Presidência da República em 2018, escreveu a seguinte mensagem em suas redes socias nesta sexta-feira, 26:
“O ministro Toffoli interfere na independência do Banco Central e descredibiliza o STF, assumindo uma postura eticamente incompatível e inaceitável no Estado de Direito.
Após viajar de jatinho, há poucas semanas, com o advogado do banco Master, deveria se declarar impedido e não participar do processo contra o banco.
Ele, porém, vai na direção contrária: assume a relatoria, declara sigilo absoluto e marca uma acareação – com aspectos de intimidação – entre o diretor de Fiscalização do Banco Central, servidor público há mais de 30 anos, e o ex-presidente do Master, investigado por diversos crimes.
Chama atenção, ainda, que essa ação ocorrerá durante o recesso judiciário, foi decidida de ofício por Toffoli e teve recomendação contrária da PGR, que foi ignorada.
Ao não se declarar impedido e adotar esse procedimento, o ministro deveria sofrer a abertura de um processo de impeachment.”
Acareação no caso Banco Master
Toffoli rejeitou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para suspender por tempo indeterminado a acareação entre o dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, o ex-presidente do BRB Paulo Henrique Costa e o diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton de Aquino Santos.
Paulo Gonet, procurador-geral da República, entendeu que a acareação seria prematura, já que nenhum deles deu sequer um depoimento. Toffoli manteve o encontro mesmo assim.
As oitivas vão acontecer na próxima terça-feira, dia 30, em pleno recesso do Poder Judiciário. Toffoli pretende confrontar as versões sobre as tratativas de compra do Banco Master pelo BRB. O Banco Central barrou a transação por indícios de irregularidades.
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