Alerj não endossou suspensão de deputada “madrinha” de milícia
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) ainda não marcou a sessão plenária para definir se a deputada Helena Pinto de Barros, conhecida como Lucinha (PSD), será suspensa de...
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) ainda não marcou a sessão plenária para definir se a deputada Helena Pinto de Barros, conhecida como Lucinha (PSD), será suspensa de maneira definitiva das atividades parlamentares.
Em 18 de dezembro, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) determinou o afastamento de Lucinha do cargo por tempo indeterminado. A Justiça também proibiu a deputada de frequentar a sede do poder legislativo.
Lucinha é apontada como braço político de uma das maiores e mais violentas milícias cariocas, a de Campo Grande, Santa Cruz e Paciência, na Zona Oeste do Rio. O grupo era comandado por Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho. Ele estava foragido desde 2018 e se entregou à Polícia Federal no último domingo, 24.
A rendição de Zinho se deu em um acordo entre a defesa dele e a secretaria de Segurança do estado do Rio de Janeiro após a expedição de mandados de busca e apreensão contra Lucinha dentro da Operação Batismo, da PF em conjunto com a Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
A influência da deputada do PSD dentro da milícia é tanta que ela é conhecida como “madrinha” pelos paramilitares.
O ofício com as determinações do desembargador Benedicto Abicair foi encaminhado ao presidente da Alerj, o deputado Rodrigo Bacellar (PL). O documento consta como recebido desde o dia 18 passado. A sessão precisaria ter sido agendada em até 24h para confirmar o afastamento de Lucinha do cargo.
A Alerj, no entanto, alega que só irá acatar a decisão judicial após a Procuradoria Legislativa se manifestar sobre o caso.
Em 2018, 10 deputados estaduais do Rio de Janeiro foram afastados das funções por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), durante a Operação Lava Jato, que também mirou o estado.
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