O ex-ministro Aldo Rebelo (MDB) anunciou que decidiu permanecer no cargo de secretário de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo, nesta quarta-feira, 5, descartando a possibilidade de se tornar vice do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB). A decisão foi tomada após uma reunião entre Rebelo e Nunes.

Segundo Nunes, ele conversou com Aldo e ambos concordaram que seria melhor para a campanha eleitoral que o ex-ministro continuasse em seu cargo atual. “Ele entende que ajudará muito mais na campanha”, afirmou o prefeito de São Paulo à Folha de S. Paulo.

Aldo Rebelo precisaria deixar o cargo devido ao prazo de desincompatibilização de quatro meses para secretários que desejam concorrer a cargos de prefeito ou vice-prefeito. O primeiro turno das eleições está marcado para o dia 6 de outubro.

Quem deve ser o vice de Nunes

Rebelo era o nome favorito dos presidentes dos partidos que compõem a coligação de Nunes. Com sua saída da disputa pela vice, ganham força as opções ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, especialmente o ex-coronel da Rota Ricardo Mello de Araújo (PL), indicado por Bolsonaro.

Conforme destacado pelo jornal paulistano, a entrada do coach Pablo Marçal (PRTB) na disputa municipal aumentou a pressão dos aliados de Bolsonaro para que Nunes anunciasse rapidamente o nome de Araújo como vice. Apesar das especulações, Bolsonaro afirmou que mantém seu compromisso com a reeleição de Nunes, mas reforçou sua indicação.

“Eu disse a ele [Marçal] que tenho um compromisso com o prefeito através da indicação do vice, o coronel [Ricardo] Mello Araújo. A essa altura do campeonato, eu não tenho como apoiá-lo“, declarou Bolsonaro à Folha.

Além de Mello Araújo, outras pessoas estão na disputa pela vaga de vice. Entre elas estão as vereadoras Rute Costa e Sonaira Fernandes, ambas do PL. Também estão correndo por fora o deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos) e a delegada Raquel Gallinati, suplente de deputada estadual pelo PL.