Alcolumbre dá recado ao STF e diz: “Nenhuma corrente política é puro anjo ou demônio”
O senador faz aceno tanto a petistas quanto a bolsonaristas em uma eleição que deve ser vencida quase que por aclamação

Em um claro aceno tanto a petistas quanto a bolsonaristas, Davi Alcolumbre (União), candidato favorito à Presidência do Senado, afirmou que o país deve resistir aos “atalhos populistas”, mas destacou que nenhuma corrente política deve ser tratada como sinônimo do bem ou do mal.
“Vamos resistir aos atalhos populistas. Nenhuma das diferentes correntes políticas é puro anjo ou demônio. Evitemos os rótulos dos discursos fáceis, as distorções dos debates nas redes sociais, e as simplificações mal-intencionadas. O nosso objetivo é muito maior, é construir um Brasil que orgulhe as futuras gerações”, disse Alcolumbre neste sábado, 1º.
“O Brasil precisa de diálogo. Infelizmente, muitos trocaram a conversa pela ofensa. Precisamos resgatar a política do respeito, da construção e da busca por consensos. O Senado trabalhará na pacificação do País”, disse o parlamentar.
“Defender o Senado é defender os brasileiros, é defender a legitimidade do voto e do mandato parlamentar conferido diretamente pela população. E só quem foi à rua pedir o voto popular sabe o quanto vale e o quanto significa o aval do povo às nossas ações”, declarou o parlamentar.
“É essencial respeitar as decisões judiciais e o papel do Judiciário em nosso sistema democrático. Mas é igualmente indispensável respeitar as prerrogativas do Legislativo e garantir que este Parlamento possa exercer seu dever constitucional de legislar e representar o povo brasileiro”, também afirmou Alcolumbre, na tribuna do Senado.
“O Brasil precisa de uma liderança que una. E não que divida. Enfrentamos desafios que exigem equilíbrio e firmeza. O Senado deve ser um espaço de convergência, onde adversários políticos se tratam com respeito e trabalham pelo crescimento do País”, acrescentou Alcolumbre em discurso para os parlamentares.
Em seu discurso, Davi Alcolumbre prometeu cumprir todos os acordos com os seus colegas e disse que iria rever decisões da Mesa Diretora da Câmara, sobre a tramitação de projetos de lei. Para ele, é preciso retomar o poder das comissões mistas no processo de discussão das medidas provisórias e projetos de lei do Senado não podem ser simplesmente apensados a propostas apresentadas por deputados – uma prática recorrente ao longo da gestão Arthur Lira.
Davi Alcolumbre quer repetir um feito de um outro senador do Amapá: o maranhense José Sarney. Na última vez que Sarney disputou a presidência do Senado, em 2011, ele foi reeleito com 70 votos. Na época, Sarney, que tinha 80 anos, disputou o cargo contra o jovem senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), de apenas 38 anos, que exercia seu primeiro mandato e obteve oito votos. O senador do Amapá acredita que pode ter entre 70 e 75 votos neste sábado.
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Comentários (2)
MARCOS
01.02.2025 14:37MUDA A MERDA MAS O CHEIRO É O MESMO.
Luiz Filho
01.02.2025 13:33Alcolumbre não é um desconhecido. É um político conhecido como aquele que decepcionou ao ter uma vitória histórica contra um dos maiores prevaricadores da república, Renan Calheiros. Foi mais do mesmo. Só mostra que os senadores não valem bosta nenhuma