Agamenon: De volta ao passado Agamenon: De volta ao passado
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Agamenon: De volta ao passado

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 08.04.2022 17:17 comentários
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Agamenon: De volta ao passado

A campanha para as eleições já começou. E, com apenas uma dedada na urna eletrônica, o eleitor brasileiro, em poucos meses, vai escolher o cara de quem vai ficar falando mal nos próximos quatro anos...

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Agamenon: De volta ao passado
Agamenon/O Antagonista

A campanha para as eleições já começou. E, com apenas uma dedada na urna eletrônica, o eleitor brasileiro, em poucos meses, vai escolher o cara de quem vai ficar falando mal nos próximos quatro anos. Para presidente, teremos que tapar o nariz e escolher entre Luísque Inácio Lula da Silva, o Lula, e Jair Messias Bolsonazi, o Bolsonaro. A diferença entre os dois candidatos é grande, mas o Lula está à frente nas pesquisas porque já foi preso. O Bolsonasno só vai ser encarcerado quando perder a imunidade. Mas “ambos os dois” têm uma coisa em comum: ficaram ricos com a política. Um ficou milionário com maracutaias de esquerda, o outro com rachadinhas de direita.

Em 2002, depois de perder três eleições para presidente, Luísque Inácio Lula da Silva finalmente chegou ao poder. Nunca antes na nossa história um operário sem dedo tinha sido eleito presidente, e esse fato chamou a atenção do mundo todo. Lula era um líder sindical semiletrado nascido em Garanhuns, Pernambuco. Mas o primeiro “paraíba” a governar o Brasil foi Epitácio Pessoa, que, além de avenida, era paraibano mesmo. Além do mais, Lula foi o primeiro presidente pós-moderno do Brasil: seu governo era composto de ideias e projetos que foram executados por governos anteriores. Por exemplo: a política econômica era do Fernando Henrique, a diplomacia voltada para o Terceiro Mundo era a mesma do Geisel e a burrice… bom, essa era do Figueiredo. Lula é um sujeito singular, mesmo porque não acerta nenhum plural. Lula também teve muita sorte: pegou os programas sociais que já existiam e juntou todos num só, o Bolsa Família. Graças a esses programas assistencialistas (como o Esquenta, da Regina Casé, e o Caldeirão do Huck), os nossos pobres finalmente chegaram à classe média e puderam, pela primeira vez na vida, comprar desodorante, iogurte, geladeira e televisão em 100 prestações nas Casas Bahia. Até os cantores sertanejos, analfabetos, que nunca tiveram diploma, viraram sertanejos universitários!

Mesmo com o mensalão, que colocou metade do PT (Partido da Tranca) na cadeia, Lula foi reeleito e, como não podia ser treeleito, o jeito foi lançar a candidatura de Dilma Roskoff à Presidência —um poste que, mais tarde, acabaria criando mil problemas no setor de energia. Dilma Roskoff era uma espécie de Margaret Thatcher de saias. Mesmo assim, a eleição da primeira cross-presidenta do mundo deixou as feministas frustradas, porque ainda não tinha sido dessa vez que o Brasil seria governado por uma mulher.

Antigamente, todo presidente era cercado de palacianos puxa-sacos. Mas, com Bozonaro no poder, isso mudou: agora o Planalto está cercado de milicianos. Bolsonaba é um sujeito ignorante, mal-educado, grosso, estúpido e paranoico, mas infelizmente também possui alguns defeitos. E, apesar de não estar no BBB, também já foi eliminado uma vez, só que do Exército. Depois da expulsão, Bolsonero resolveu ser político para ganhar mais, não poder ser preso e nem precisar trabalhar. A única diferença é que o presidento não pode ir pro paredão e ser eliminado agora, só no final de 2022. Se o Palácio da Alvorada tivesse câmeras 24 horas como o BBB, todos os brasileiros poderiam assistir ao presidente pelado no banheiro e ver que ele é um sujeito de pavio curto. Por não ter a grandeza dos estadistas, Bolsonaro tenta compensar o seu complexo de inferioridade com a obsessão por armas. Mais especificamente, por pistolas de cano comprido e grosso calibre.

Para nossa desgraça, o capitão passou o seu governo tentando dar um golpe, mas não fez nada, que é o que ele sabe fazer melhor. Com seu cartão corporativo, o presidente Bolsobozo comprou o Congresso numa promoção. Agora, como uma Dilma de farda, resolveu se meter na Petrobras (empresa líder mundial em negociatas profundas) e mandou vários presidentes da estatal pra rua. Ele também está preocupado com o preço da gasolina, mas, se eu fosse a primeira-dona, mandava logo seu marido pra revisão, porque a bateria arriou e ele precisa de uma chupeta. Ou, quem sabe, trocar o óleo.

Enfim, a próxima eleição promete. Promete ser suja, cheia de escândalos e de fake news falsas. Do jeito que o povo gosta!

Agamenon Mendes Pedreira é jornalista fake.

 

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