Advogados de Silvinei e Torres desconheciam de reunião no 2º turno
Os advogados do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques (foto), afirmaram desconhecer a visita de seus clientes a Jair Bolsonaro, no Palácio da Alvorada, para uma reunião no dia 30 de outubro — a poucos minutos antes do fim do horário de votações...
Os advogados do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques (foto), afirmaram desconhecer a visita de seus clientes a Jair Bolsonaro, no Palácio da Alvorada, para uma reunião no dia 30 de outubro — a poucos minutos antes do fim do horário de votações. Questionados nesta segunda-feira (9), ambos indicaram que ouviriam seus clientes para tratar oficialmente da questão.
Eduardo Pedro Nostrani Simão, que representa Silvinei em ações judiciais, disse que, apesar de não ter tomado conhecimento dessa reunião, não havia ou há vedação legal para reunião do tipo. “Veja que a preocupação da PRF nunca foi com o transporte público de eleitores, mas com o transporte privado em desacordo com as exceções da lei que permite o transporte gratuito em eleições a moradores de áreas rurais“, disse. “O policial rodoviário federal não tem poderes mediúnicos para saber, sem parar o veículo, se se trata de transporte público ou particular de eleitores”.
“Essas falácias que circundam a vida de Silvinei geraram a lembrança da obra de Edward de Vere (William Shakespeare): ‘Muito Barulho por Nada'”, concluiu Simão.
Naquele dia, indicam registros obtidos pela agência Fiquem Sabendo, Silvinei esteve no Palácio com entrada às 16h31. Às 16h53, 22 minutos depois, chegou ao local o então diretor de operações da PRF, Djairlon Henrique (anotado nos registros como “Djair Henriques”). Ambos deixaram o Alvorada juntos, às 17h24. Durante todo aquele domingo, recaíram suspeitas sobre as operações da corporação em rodovias federais.
Os registros ainda indicam que aambos estavam com o então ministro da Justiça, Anderson Torres; o então advogado-geral da União, Bruno Bianco (anotado como “Bruno Branco”); e o então chefe da Polícia Federal, Márcio Nunes (grafado nos registros como “Márcio Neves”).
A planilha da Fiquem Sabendo com todas as visitas ao Palácio da Alvorada no governo Bolsonaro, encaminhadas pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) pode ser vista aqui.
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