Como registramos mais cedo, a indicação de Nestor Forster para a embaixada brasileira nos Estados Unidos foi aprovada hoje na Comissão de Relações Exteriores e Segurança Nacional do Senado (CRE).

Essa é a vaga que Jair Bolsonaro havia destinado ao seu filho Eduardo.

No ano passado, o presidente chamou o presidente da CRE, senador Nelsinho Trad (PSD) no Palácio do Planalto, e comunicou a decisão de emplacar o filho em Washington.

Àquela altura, o próprio Eduardo já tinha anunciado o plano da família, na fatídica coletiva em que disse que sabia falar inglês e fritar hambúrguer.

Em conversas reservadas, Bolsonaro e o filho, porém, não escondiam o desconforto com o fato de Eduardo, para virar embaixador, ter que abrir mão do mandato na Câmara — ele recebeu 1,8 milhão de votos em 2018, torando-se o deputado federal mais bem votado da história do país.

No fim das contas, a indicação não se viabilizou. Nelsinho chegou a garantir ao Planalto que o nome do filho do presidente passaria na comissão, com uma diferença apertada de dois votos. Davi Alcolumbre, porém, sinalizou que, no plenário, as chances de aprovação seriam mínimas.

A vaga acabou caindo no colo de Foster.