A raiva de Bolsonaro
Nesta semana, como noticiamos, o Palácio do Planalto divulgou duas vezes que haveria um pronunciamento de Jair Bolsonaro em rede nacional, mas o presidente acabou suspendendo a transmissão -- relembre aqui e aqui. Ministros palacianos dizem que...
Nesta semana, como noticiamos, o Palácio do Planalto divulgou duas vezes que haveria um pronunciamento de Jair Bolsonaro em rede nacional, mas o presidente acabou suspendendo a transmissão — relembre aqui e aqui.
Ministros palacianos dizem que Bolsonaro precisou ser convencido a não falar, pois o resultado poderia ser catastrófico, com ataques a governadores, à mídia e até ao Supremo.
O texto “contra tudo e todos”, dizem, chegou a ser escrito, mas a gravação não ocorreu.
Um dos bombeiros da iminente crise foi o almirante Flávio Rocha, secretário de Assuntos Estratégicos. Paulo Guedes também teria conversado com Bolsonaro, lembrando a ele que a semana “não era boa” para novos atritos institucionais.
Uma fala acima do tom poderia minar a apreciação da PEC Emergencial pelo Senado e estressar ainda mais o mercado financeiro, já na defensiva depois do caso Petrobras.
Contrariado, Bolsonaro cedeu aos apelos, mas ainda não desistiu de falar. Hoje, inclusive, aproveitou eventos oficiais em Uberlândia (MG) e São Simão (GO) para “desabafar”. Disse, por exemplo, que a preocupação com o isolamento social é “mimimi” e “frescura”. E, de quem cobrou vacinas, mandou um “só se for na casa da tua mãe”.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)