A incapacidade do PT de distinguir o público do privado
Em editorial publicado nesta quinta-feira (15), o Estadão critica o pedido do PT para ter um canal de TV aberta para uso exclusivo da legenda. No texto, o jornal afirma a iniciativa ilustra bem a incapacidade do partido de Lula de distinguir o público do privado...
Em editorial publicado nesta quinta-feira (15), o Estadão critica o pedido do PT para ter um canal de TV aberta para uso exclusivo da legenda. No texto, o jornal afirma a iniciativa ilustra bem a incapacidade do partido de Lula de distinguir o público do privado.
“É evidente que o Ministério das Comunicações deve rejeitar, sem pestanejar, o inacreditável pedido do PT para operar seus próprios canais de rádio e TV com sinal aberto. […] Lula pode posar de democrata, mas a natureza antirrepublicana do lulopetismo sempre fala mais alto”, diz o Estadão.
“[…] O pedido petista não deverá ir adiante porque, ainda que passe pelo ministro das Comunicações e pelo presidente da República, dificilmente seria acolhido pelo Congresso. A Constituição, em seu artigo 223, diz que a outorga e a renovação de concessões de radiodifusão competem ao Poder Executivo, mas a decisão deverá ser apreciada pelo Legislativo em tempo hábil (§ 1.º)”, acrescenta.
“[…] Como o PT não se sustenta vendendo camisetas ou broches com a estrelinha do partido, é óbvio que a programação da tal ‘TV PT’ seria produzida com recursos públicos. Outro aspecto não menos importante a revelar o descalabro que seria a concessão pública à ‘TV PT’ é a quebra da isonomia entre os partidos. […] O PT teria à disposição um poderoso instrumento de comunicação que desequilibraria a seu favor a disputa democrática pelo poder. […] Por fim, é preciso reafirmar que a concessão de radiodifusão é um serviço público da maior relevância que não deve ser reduzido a instrumento de desinformação por um partido que, entre as fantasias e os fatos, há muito já fez sua escolha”, conclui o Estadão.
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