“A gente precisa respeitar a ciência e aprender a conviver com o vírus”, diz deputado
O deputado Luiz Antonio Teixeira Jr. (foto), o Dr. Luizinho, do PP do Rio de Janeiro, que preside a comissão da Covid na Câmara, disse a O Antagonista que o avanço da Ômicron pelo Brasil deveria levar ao raciocínio de que "a gente precisa respeitar a ciência e aprender a conviver" com o vírus. Mais cedo, noticiamos que a Ômicron fez a média de mortes por Covid subir 566% no Brasil em um mês...
O deputado Luiz Antonio Teixeira Jr. (foto), o Dr. Luizinho, do PP do Rio de Janeiro, que preside a comissão da Covid na Câmara, disse a O Antagonista que o avanço da Ômicron pelo Brasil deveria levar ao raciocínio de que “a gente precisa respeitar a ciência e aprender a conviver” com o vírus.
Mais cedo, noticiamos que a Ômicron fez a média de mortes por Covid subir 566% no Brasil em um mês. O Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde (IHME) da Universidade de Washington, como mostramos em janeiro, já havia projetado um novo crescimento na média diária de mortes, com pico por volta de 1º de março – terça-feira de Carnaval.
Na avaliação de Dr. Luizinho, não serão necessárias novas medidas restritivas e o Estado terá de continuar incentivando a vacinação, além de manter o sistema de saúde pronto para atender aqueles que precisam de hospitalização.
O deputado alegou que o surgimento de variantes é algo esperado.
“Todo mundo sabia que só se acaba com um vírus se você vacinar todo mundo, de forma linear, em um período rápido. Novas variantes vão surgindo, tem mutação toda hora. Mas está provado que, se as pessoas estiverem vacinadas, a chance de desenvolver formas graves da doença é reduzida drasticamente”, afirmou.
Ainda de acordo com o parlamentar, os saltos nos números de casos e de mortes no momento atual da pandemia precisam ser avaliados dentro de um contexto. “É uma variante muito mais contagiosa, que infecta muito mais gente, o que, claro, vai levar também a um número maior de casos graves. E estávamos com um número de mortes bem baixo, na comparação com os picos da pandemia antes da vacinação: a variação percentual assusta mesmo”, comentou.
Dr. Luizinho acrescentou que os números oficiais disponibilizados por Secretarias de Saúde indicam que, entre hospitalizados com Covid em meio ao avanço da Ômicron, “a maioria esmagadora” é de não vacinados ou de pessoas com doenças pré-existentes.
“A Ômicron acabou estimulando a vacinação. Muita gente que não tinha se vacinado correu para o posto. As crianças estão sofrendo mais agora porque não estavam vacinadas. Podem aparecer outras variantes, é muito provável que apareçam. Podemos estudar mais doses, manter o sistema de saúde preparado. Mas a gente precisa respeitar a ciência e aprender a conviver com essa situação. Está claro que, pelo menos com a Ômicron, a forma de Covid desenvolvida em quem é infectado é mais leve. Não foi necessário ‘lockdown’, nada disso. É preciso continuar incentivando a vacinação e tocar a vida.”
O deputado disse também que o Brasil “precisa ficar de olho na Europa, porque, desde o início da pandemia, tudo o que aconteceu lá aconteceu aqui três, quatro meses depois”. Hoje, como registramos, a OMS disse que a Europa está entrando em “final plausível” para pandemia.
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