A ‘fungada no cangote’ de Rui Costa no servidor público
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, defendeu nesta segunda-feira, 11, que o funcionalismo público tende a ter “inércia grande”
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, defendeu nesta segunda-feira, 11, que o funcionalismo público tende a ter “inércia grande” e precisa de uma “fungada no cangote” para ser mais eficiente. De acordo com ele, o povo precisa de serviços “para hoje” e disse que o presidente Lula (PT) “sabe como cobrar” os funcionários do setor público.
“Há uma tendência a inércia grande, em geral, no serviço público. Tem uma velha frase: ‘não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje’. Então, às vezes, se você deixar solto, pessoal ‘deixe para semana que vem, não tem necessidade de fazer agora, ou deixe para amanhã’. Na verdade, é preciso fazer hoje e não amanhã. Porque o povo precisa é hoje. Digo sempre que quem é prefeito, governador, presidente da República tem que pisar no calcanhar, fungar no cangote para as coisas andarem”, disse Rui Costa à rádio Metrópole, na Bahia.
Apesar da declaração do ministro da Casa Civil, o governo Lula já indicou que não pretende trabalhar para que a reforma administrativa avance no Congresso Nacional. A proposta passou a ser encampada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mas sem o aval do Palácio do Planalto.
Na avaliação do deputado, a reforma administrativa vai exigir um esforço maior do governo para aprovação.
“Diferentemente da [reforma] tributária, esta [reforma administrativa] precisa de um esforço maior do governo, num ano de eleição municipal, com todas as suas nuances”, disse Lira durante jantar realizado pelo grupo Esfera em São Paulo, no último dia 5.
Em entrevista a Crusoé, por exemplo, Lira classificou este ano como o ideal para se tratar do assunto. Para líderes partidários, no entanto, como o tema não avançou em 2023, dificilmente ele será tratado em 2024, ano eleitoral.
Em 2025, há poucas chances de a reforma sair do papel. Lira deixará a presidência da Casa no final de janeiro e os candidatos que estão postos a sucedê-lo não pretendem tratar desse tema.
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