A esperança de Jair Bolsonaro e o ‘exemplo Trump’
O ex-presidente pretende intensificar o discurso de que foi perseguido para tentar reverter as suas duas inelegibilidades decretadas pelo TSE
O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou, em entrevista à Folha de S. Paulo, que espera seguir o exemplo de Donald Trump para voltar ao Palácio do Planalto. Para Bolsonaro, há a expectativa de que o retorno do republicano à Casa Branca tenha impacto direto na política brasileira.
“Vai refletir no mundo [a eleição de Trump]. É um país que é a maior democracia do mundo, projeta poder, que fez valer a sua força, não tivemos conflito no mundo enquanto o Trump estava lá. E ele gosta de mim”, disse Bolsonaro, que acrescentou.
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“Acredito que só o fato da eleição dele, o que ele tem falado, de liberdade, Elon Musk [empresário e dono do X] está do lado dele, é um sinal para todo mundo de que ele quer uma democracia para o mundo. Aqui no Brasil talvez fique um recado da própria eleição que queremos, cumprimento das leis, Estado democrático de Direito não da boca para fora, mas na prática”, disse o ex-presidente.
Como mostrou a revista Crusoé, Bolsonaro pretende, a partir de agora, intensificar o discurso de que foi perseguido para tentar reverter as suas duas inelegibilidades decretadas pelo Tribunal Superior Eleitoral. Caso isso não ocorra, Bolsonaro ainda assim pretende apresentar seu registro de candidatura em 2026.
“Quase tudo o que acontece lá acontece aqui. Lá teve o Capitólio, que teve mortes. Tentaram de todas as maneiras colocar na conta dele (…) Mas [a eleição de Trump] não deixa de ser uma sinalização para cá de ‘faça as coisas direito’. Você conhece quem está do seu lado quando perde o poder”, afirmou Bolsonaro.
“Passa por ele [o sonho de voltar ao Palácio do Planalto]. É igual uma caminhada de mil passos, você tem que dar o primeiro, tem que dar o décimo. E o Trump é um passo importantíssimo”, declarou o ex-presidente.
Na entrevista, Bolsonaro reafirmou que pretende apresentar uma petição ao ministro Alexandre de Moraes para tentar reaver seu passaporte e ir para a posse do novo presidente dos Estados Unidos.
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