O ministro André Mendonça (foto) começará a atuar no Supremo em fevereiro, quando a Corte voltará do recesso. Enquanto isso, ele já monta seu gabinete.

Como mostramos, Mendonça ficará no atual gabinete da ministra Cármen Lúcia. A ministra, por sua vez, irá para o antigo gabinete do ministro Marco Aurélio, que se aposentou em julho.

Mendonça poderá ter até 10 assessores com salário de R$ 12 mil cada, além de um chefe de gabinete com salário também de R$ 12 mil. Se quem ele escolher for servidor público, será o salário atual mais R$ 2 mil.

O chefe de gabinete do ministro será o advogado da União Rodrigo Hauer. A assessora Aline Cardoso, o procurador federal Vitor Cordula, os advogados da União Renato Dantas de Araújo e Tercio Issami Takano também farão parte da equipe de Mendonça.

De acordo com levantamento da Advocacia-Geral da União a pedido da Veja e também obtido por O Antagonista, 14 servidores da AGU atuam no Supremo. O gabinete de Mendonça, com seis nomes, é o local com mais servidores da AGU. Os outros nomes se dividem nos gabinetes do presidente do STF, Luiz Fux, da vice-presidente da Corte, Rosa Weber, e dos ministros Ricardo Lewandowski, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Kassio Nunes Marques, Dias Toffoli e Gilmar Mendes.

Mendonça também assumirá diversos processos importantes em tramitação na Corte, como a criação da taxação de grandes fortunas, o julgamento sobre a possibilidade de travestis e transexuais com identidade de gênero feminino e terá de se dedicar a ações que questionam decretos de Jair Bolsonaro que facilitam o acesso a armas no país.