A eleição das mulheres
Durante a reunião de ontem em que as cúpulas de Cidadania, PSDB e MDB decidiram pelo apoio ao nome senadora emedebista Simone Tebet (MDB) como candidata única dos três partidos para a Presidência da República, os dirigentes discutiram a possibilidade...
Durante a reunião de ontem em que as cúpulas de Cidadania, PSDB e MDB decidiram pelo apoio ao nome senadora emedebista Simone Tebet (MDB) como candidata única dos três partidos para a Presidência da República, os dirigentes discutiram a possibilidade de formar uma chapa pura feminina para disputar o Palácio do Planalto.
Na visão de Paulo Guimarães, coordenador da pesquisa encomendada por caciques de PSDB, MDB e Cidadania, os números analisados ontem mostram que a eleição de 2022 será a “eleição as mulheres”. Por essa razão, os caciques cogitaram a ter Simone como cabeça de chapa, com a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) como vice.
Além de tentar concentrar o voto feminino, a chapa pura de mulheres foi vista como um contraponto a Jair Bolsonaro, conhecido por declarações misóginas, e com capacidade de ser apresentada ao eleitor como de fato uma “novidade” no cenário eleitoral.
É bom lembrar que Bolsonaro chegou a afirmar, em evento alusivo ao Dia Internacional das Mulheres, que o público feminino já estava “praticamente integrado” à sociedade.
Outra observação feita durante a reunião é que as duas senadoras são complementares em relação ao público alvo. Evangélica, Eliziane teria o condão de atrair também o eleitorado conservador e o eleitor nordestino; Tebet, o eleitor católico, o agronegócio e os eleitores de Sul e Sudeste.
Apesar dos predicados da chapa pura, como mostramos, a tendência é que os três partidos optem por uma composição Simone Tebet, com o PSDB indicando o vice. E, nesse aspecto, Aécio Neves já desponta como possível nome para ocupar a função.
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