Em uma pesquisa surpreendente realizada pela Datafolha na cidade de São Paulo, foi revelado que 30% dos moradores da capital já foram vítimas de roubo de celular, com 15% desses dizendo ter sido roubados mais de uma vez. A prática de furto por bicicleta, conhecida como ação da “gangue da bike”, representou 18% dos casos.

Quem são as vítimas frequentes?

A pesquisa, realizada na primeira semana de março, ouviu 1.090 pessoas e apontou quem são as vítimas mais recorrentes. Pessoas entre as idades de 25 e 34 anos, correspondem a 51% dos roubados, assim como aqueles com uma renda de cinco a dez salários mínimos, representando 41% dos casos. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

O perigo está no centro

Os moradores do centro de São Paulo estão mais propensos a serem vítimas deste tipo de crime, mostrou o levantamento. Pessoas que vivem nesta região relataram mais casos em comparação com outras áreas da cidade. Já os habitantes da zona norte aparecem menos frequente nos registros de roubos de celular.

A movimentação dos ladrões de bicicleta

Nos últimos quatro anos, foi estimado que os ladrões de bicicleta movimentaram entre 5 e 10 milhões de reais só na região central da capital. Uma investigação da polícia civil em 2022, apontou que a gangue possuía uma tabela de preços baseada no modelo do celular roubado, um iPhone 13, por exemplo, rendia R$800 ao ladrão.

O foco da “gangue da pedrada”

Pontos com grande circulação de pedestres que estão distraídos com seus aparelhos são os preferidos desses grupos criminosos. A chamada “gangue da pedrada” age principalmente em áreas de congestionamento, aproveitando para quebrar vidros de carros e roubar os aparelhos dos motoristas e passageiros.

Influência na avaliação da gestão municipal?

Curiosamente, a pesquisa também revelou que, entre os entrevistados que avaliam a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) como ruim ou péssima, 42% disseram terem sido alvo de ladrões de celular. Já entre os que consideram ótimo ou bom o governo municipal, o índice cai para 35%. Entre os potenciais votantes da candidata Maria Helena (Novo), 44% afirmaram já terem sido roubados, seguidos pelos eleitores de Kim Kataguiri (União Brasil), Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB).

Esses dados alarmantes mostram a urgência de ações efetivas para combater a criminalidade em São Paulo, sobretudo o roubo de celulares que tem se tornado uma realidade cada vez mais frequente e perigosa na vida dos cidadãos paulistanos.