Tarcísio ainda tem um estado para governar
Além de ser mais um sinal de força e destemor das facções criminosas, execução de ex-delegado-geral da Polícia de SP serve de lembrete ao governador de São Paulo
O atentado que vitimou o ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo Ruy Ferraz Fontes na noite de segunda-feira, 15, é mais do que um novo sinal da força e do destemor das facções criminosas que atuam no Brasil.
A execução serve também de lembrete ao presidenciável governador Tarcísio de Freitas (Republicanos, à esquerda na foto) de que ele ainda tem um estado para governar.
Tarcisio cancelou a viagem que faria a Brasília para tratar da tentativa de anistia a Jair Bolsonaro, mas já foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes a visitar o ex-presidente, que aguarda em prisão domiciliar a execução de sua pena de 27 anos e três meses de prisão em regime fechado por tentativa de golpe de Estado.
O governador de São Paulo ordenou “máximo empenho para encontrar os assassinos e entender a motivação do crime”, mas estará passando uma mensagem diferente caso apareça, nestes dias, lidando com as tratativas para a anistia de Bolsonaro.
“Como o Governo do Estado de São Paulo cuida de seus policiais“
O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) divulgou uma nota para lamentar a execução, e disse o seguinte na mensagem:
“A ação que resultou na execução de Ruy Ferraz Fontes, o qual, há poucos anos, ocupou o cargo de comando máximo da Polícia Civil bandeirante, escancara a forma como o Governo do Estado de São Paulo cuida de seus policiais mais dedicados, ao mesmo tempo em que torna gritante a necessidade de a Polícia Civil ser melhor tratada, com efetiva valorização de seus profissionais, mais contratações e aumento nos investimentos em estrutura física e de materiais.”
“Se o Governo do Estado permite que a instituição se enfraqueça, como São Paulo tem feito nas últimas décadas, o crime organizado, inevitavelmente, ganhará espaço”, diz a mensagem do Sindpesp, acrescentando que “o homicídio do ex-delegado-geral, da forma como ocorreu, revela-se uma grande afronta às Forças de Segurança, à máquina pública e ao Estado de São Paulo, não podendo ficar de maneira alguma impune, sob pena de que todo o sistema de Segurança Pública caia em descrédito”.
2026
A construção de uma candidatura presidencial de Tarcísio para 2026 dependerá não apenas da reação de seu governo a esse tipo de crime, mas também da sinalização do governador sobre suas prioridades.
Diante do desafio aberto do crime organizado às forças de segurança de São Paulo, as articulações para livrar Bolsonaro da cadeia ficam ainda menores do que já eram.
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Comentários (1)
Eliane ☆
16.09.2025 17:46Sim,para de ser "babá "de marmanjão. Tarcísio foi eleito para governar o estado de São Paulo.