Propaganda eleitoral: começou o bilionário show de horrores
Houve um tempo em que evoluímos para o palhaço Tiririca, imaginando que “pior não fica”. Mas ficou
Pronto. Lá vamos nós para mais um interminável período de campanha eleitoral – oficial, é claro, já que muitos políticos não descem do palanque nunca -, como de costume, a cada dois malditos anos, a um custo atual de cerca de 5 bilhões de reais.
Desde ontem, quinta-feira, 15 de agosto, a panfletagem partidária começou a invadir nossas casas, piscar em nossos celulares, emporcalhar nossas ruas e poluir nosso dia a dia com mentiras e promessas que jamais serão cumpridas.
Pior. Como o repertório de falsidades é limitado, já há alguns anos, a baixaria tomou conta do período de campanha, e o “tiro, porrada e bomba” ganha cada vez mais força e presença, obviamente, com mais dinheiro nosso.
Vem mais por aí
Para piorar, a partir do próximo dia 30, teremos também um verdadeiro arrastão eleitoral nas rádios e TVs. Uma horda de candidatos de toda sorte se apresentará com nomes vulgares e propostas bizarras – mais uma vez, com nossa grana.
Sim, meu caro leitor eleitor amigo, minha cara leitora eleitora amiga. Aquela gororoba político-partidária, de “horário eleitoral gratuito” não tem nada. Custa uma fortuna. Ou vocês acham que 70 minutos diários, sete dias por semana, são mesmo 0800?
Apenas nas eleições de 2022, custaram quase um bilhão de reais. Mas este é só o valor pago às emissoras, pois os custos de produção são altíssimos, muitas vezes, inclusive, pagos por fora, ou seja, com Caixa 2, sempre abastecido por corrupção.
Sim, pode piorar
As eleições são a essência da democracia. O chamado sufrágio universal é – ou deveria ser – a forma mais eficiente de uma população governar seu país. Por aqui, infelizmente, sabemos que “não é bem assim”. O voto é apenas uma obrigação.
Ou o desinteresse ou a mais pura forma de leniência, quando não raro, ignorância, alia-se à ideologização extrema e vazia que guia o grosso do nosso eleitorado. Não sem razão, portanto, o estado de absoluta miséria política em que vivemos.
São os Bolsonaro, Lula, Janones, Marçal, Boulos, Nikolas e sei lá mais quantos da espécie, os novos Macaco Tião e Rinoceronte Cacareco. Houve um tempo em que evoluímos para o palhaço Tiririca, imaginando que “pior não fica”. Mas ficou.
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