O possível crime de antissemitismo do governo Lula
A corrosão ideológica do terceiro governo Lula traz deformidades antigas como o antiocidentalismo e o antiamericanismo, acrescido de componentes idiossincráticos do mandatário e, como novidade, uma forma sui generis de antissemitismo mal disfarçado, escorado em um antissionismo desvairado e estridente
Por critério puramente ideológico, o governo brasileiro vetou uma licitação vencida com toda legitimidade por Israel. A denúncia foi feita pelo próprio ministro da Defesa do governo Lula que declarou, nesta terça-feira, 9 de outubro:
“Houve agora uma concorrência, uma licitação… Venceram os judeus, o povo de Israel, mas, por questão da guerra, do Hamas, os grupos políticos… Nós estamos com essa licitação pronta, mas, por questões ideológicas, nós não podemos aprovar”.
O ministro José Múcio não entrou em detalhes, mas se trata da compra de canhões que ficam acima de caminhões blindados e que as Forças Armadas do Brasil consideram de grande importância; daí o desabafo/denúncia do ministro da Defesa.
O detalhe que o ministro deixou de lado – ou não nomeou incisivamente – é o aspecto possivelmente criminoso do veto imposto, aparentemente, por motivo de ódio ideológico antissemita. No Brasil, de acordo com a Constituição de 1988, antissemitismo se inclui nos crimes de racismo.
A denúncia do ministro José Múcio é grave; precisa ser investigada na via judicial e levada em conta pelo Parlamento. Neste âmbito, já se adiantou o deputado Kim Kataguiri (União-SP), que pretende convocar o ministro da Defesa para dar explicações na Comissão de Fiscalização da Câmara.
A denúncia do veto a Israel foi a mais grave, mas não foi a única. Uma outra, talvez não criminosa, mas também prejudicial aos interesses brasileiro, refere-se ao veto a uma venda de munições de tanque para a Alemanha em 2023: “Temos uma munição no Exército que não usamos. Fizemos um grande negócio. Não faz, porque senão o alemão vai mandar pra Ucrânia e a Ucrânia vai usar contra a Rússia e a Rússia vai mexer nos nossos acordos de fertilizantes”, disse o ministro José Múcio.
A referida iniciativa do deputado Kim Kataguiri de convocar o ministro de Lula para esclarecimentos foi seguida de outra semelhante pelo deputado Alfredo Gaspar (União-AL) que nesta quarta-feira, 9, apresentou requerimento para ouvir não apenas o ministro da defesa, José Múcio, como também o ministro das relações exteriores, Mauro Vieira e o assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim
De fato, Celso Amorim, conselheiro do presidente Lula e ministro paralelo do Exterior foi quem orientou o veto à licitação vencida por Israel e é quem tem longamente orientado Lula na amistosa relação entre o presidente brasileiro e o tirano imperialista invasor da Ucrânia.
Antiocidentalismo, antissemitismo e estupidez
O mundo está em guerra. A bem da verdade, nunca esteve em paz. Mas o leitor sabe do que estou falando. Há duas guerras em curso que têm mobilizado a política externa das principais potências europeias e dos Estados Unidos.
Embora o Brasil seja insignificante no que tange à continuação ou ao fim da guerra no Oriente Médio e na Ucrânia, a postura do presidente Lula em relação a esses dois conflitos deixou bastante claro o seu pendor liberticida, seu apreço pela tirania, sua admiração por regimes fortes, ditatoriais e cruéis, seja ele representado por uma teocracia fundamentalista islâmica, como é o caso do Irã com seus tentáculos terroristas, seja representado pelo pan-eslavismo expansionista reacionário, como é o caso da Rússia.
A corrosão ideológica do terceiro governo Lula traz deformidades antigas como o antiocidentalismo e o antiamericanismo, acrescido de componentes idiossincráticos do mandatário e, como novidade, uma forma sui generis de antissemitismo mal disfarçado, escorado em um antissionismo desvairado e estridente.
O antiocidentalismo da nova esquerda é um balaio cheio contrassenso. Essa estupidez, parida por intelectuais do Ocidente, pretende que a primeira condição para a felicidade universal seja a destruição de toda a construção civilizatória de origem ocidental.
Nesse momento em que o Ocidente é ameaçado pela Rússia e pelo fundamentalismo islâmico, Ucrânia e Israel atuam como escudos para o mundo livre.
Lula e Celso Amorim, porém, optaram pela diplomacia do mal, fazendo do Brasil o idiota útil de regimes tirânicos. Eles são traidores da pátria, estão atuando contra o interesse da nossa nação e do nosso povo. Como cidadã, somo esse texto às outras vozes que exortam o parlamento a reagir.
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