Lulopetismo faz do Brasil um anão diplomático cada vez menor
Assessor especial de Lula, Celso Amorim mostra que, dez anos depois, sob governo do PT, o país segue fazendo jus ao apelido
Se há acusação descabida contra lulopetistas, é apontar-lhes falta de coragem e coerência para defenderem suas teses autoritárias, tiranas e retrógradas. Expoentes máximos e históricos da “seita” – José Dirceu (ainda que ultimamente um pouco distante), Celso Amorim e o próprio chefão petista, o presidente Lula – jamais enrubesceram as faces ou mudaram de opinião quando o assunto envolve a defesa de ditaduras e tiranias mundo afora. Ao contrário. Continuam “passando paninho” com extremo vigor e paixão.
Até mesmo pela relevância política e o cargo que ocupa (e ocupou duas vezes antes), Lula sempre foi a face mais visível do alinhamento petista com o que há de pior no planeta. Laços diplomáticos oficiais e relações pessoais, que fugiam às questões de Estado, levaram o “Pai do Ronaldinho dos Negócios” a chamar de amigo, irmão e outras graças, tiranos sanguinários como Mahmoud Ahmadinejad (Irã), Muammar Al Gaddafi (Líbia), Irmãos Castro (Cuba), Daniel Ortega (Nicarágua) e Hugo Chávez e Nicolás Maduro (Venezuela).
Outro serelepe aliado ideológico da tirania mundial é o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim. É curioso como este senhor mantém-se estático às próprias crenças e valores, desde sempre, como se o tempo não passasse, as sociedades não mudassem e as relações internacionais não evoluíssem ao longo das últimas duas ou três décadas. Amorim continua combatendo tudo o que resvala na democracia ocidental e abraçando tudo o que cheira à autocracia.
Constrangimento pouco é bobagem
Em meio às ameaças de Maduro, caso seja derrotado nas eleições venezuelanas; ao agravamento do risco de guerra entre Israel e Irã, após mais um ataque contra civis judeus (um drone de fabricação iraniana, enviado a partir do Iêmen, explodiu em Tel Aviv) e ao progresso da invasão russa na Ucrânia, o brasileiro, em conversa com Dae Baer, ex-embaixador dos EUA na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), escolheu, para não variar, teses e lados errados, sendo repetidamente rechaçado pelo americano, como mostrou O Antagonista.
O tratamento cruel às mulheres no Irã, como o brutal assassinado de uma jovem de 22 anos, em setembro de 2022, pela “Polícia Moral” iraniana, por trajar calças apertadas e não usar adequadamente o véu, Amorim tentou equiparar à pena de morte vigente em alguns estados americanos, para determinados crimes e após processos judiciais que chegam a durar décadas, desconhecendo que o próprio Irã é o segundo país do mundo em número de condenações a penas de morte, atrás somente de sua aliada China.
Em 2023, segundo a Anistia Internacional, o regime dos aiatolás executou 853 pessoas, 43% a mais do que em 2022. Em 2014, Yigal Palmor, porta-voz do ministério das Relações Exteriores de Israel, após outra atitude do governo Dilma Rousseff contrária à defesa do Estado judeu, alinhando-se aos ataques palestinos a partir de Gaza, declarou “…Uma demonstração lamentável de como o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua a ser um anão diplomático“.
É estarrecedor – embora não surpreendente – como, dez anos depois, não crescemos um mísero centímetro. Receio, inclusive, termos diminuído um pouco mais nossa estatura moral.
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