Globo vs Record: a guerra pela audiência do futebol
A briga pela audiência da TV brasileira em 2025 ganhou novos contornos com a rivalidade entre Rede Globo e TV Record no futebol

A briga pela audiência da TV brasileira em 2025 ganhou novos contornos com a rivalidade entre Rede Globo e TV Record, especialmente no campo das transmissões de futebol, com o perdão pelo trocadilho.
Após a Record conquistar os direitos do Campeonato Brasileiro via Liga Forte União (LFU), para o triênio 2025-2027, a Globo respondeu com uma estratégia agressiva para recuperar terreno perdido e reforçar sua hegemonia, que já foi absoluta no esporte mais popular do país.
A emissora de Edir Macedo celebrou um marco na semana passada quando no domingo, 9 de março de 2025, ao registrar 20,3 pontos de audiência média na vitória do Corinthians sobre o Santos pelo Paulistão, superando com folga os 10,4 pontos da Globo com o Domingão com Huck.
O pico de 23,8 pontos consolidou a liderança da Record naquele horário, um feito que reflete o sucesso de sua aposta no futebol aos domingos, às 18h. A emissora, que investiu R$ 210 milhões anuais na LFU, estima faturar cerca de R$ 300 milhões com publicidade no Brasileirão 2025.
Por outro lado, a Globo, que detém os direitos dos clubes da Libra (liga composta por times como Flamengo, São Paulo e Palmeiras), não ficou parada. A emissora teria desembolsado R$ 850 milhões adicionais para adquirir parte do pacote da LFU, garantindo exclusividade em 80% das partidas da Série A – cerca de 9 jogos por rodada – até o fim de 2029.
Isso elevou seu investimento total para R$ 2 bilhões no ano, mirando um faturamento de R$ 2,1 bilhões com publicidade e assinaturas do canal de assinatura Premiere, conforme projeções do site F5.
Em 27 de janeiro desse ano, o clássico Corinthians x São Paulo, exibido pela Record, por exemplo, marcou 15,2 pontos, mas a Globo contra-atacou com uma média de 18 pontos na final da Supercopa.
A Globo busca recuperar parte do domínio do futebol, perdido desde 2021, quando começou a fragmentação dos direitos de transmissão. A emissora aposta em “esquentas”, isto é, debates pré-jogos de 30 minutos e transmissões multiplataforma para atrair o público jovem, enquanto a Record foca em clubes populares da LFU, como Corinthians, Botafogo e Vasco.
A briga promete seguir esquentando, com as duas gigantes disputando cada ponto de audiência, que ainda tem nas plataformas de streaming como Prime Video, Max, Disney+, Apple TV+, Paramount, CazéTV e o já citado Premiere, nessa disputa pulverizada.
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