Eleições 2024: nem Lula, nem Bolsonaro, nem Marçal. Kassab é o grande vencedor
Influente, com “penetração suprapartidária” e capaz de enxergar o tabuleiro político como poucos, Kassab prepara voos ainda mais altos
Nem Lula, nem Bolsonaro, nem Marçal. Nem mesmo Tarcísio ou Nunes. O grande vencedor das eleições municipais de 2024 e o mais influente político em atividade neste momento, no Brasil, chama-se Gilberto Kassab, 64 anos, secretário de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo e presidente nacional do Partido Social Democrático (PSD).
Formado em economia e engenharia civil, Kassab iniciou a vida profissional como corretor de imóveis e empresário. Aos 25 anos entrou na política, e em 1989 embarcou na campanha presidencial de Guilherme Afif Domingos, nas primeiras eleições pós-redemocratização. Em 1992, foi eleito vereador em São Paulo e não mais parou.
Presidente do PFL (depois DEM), foi secretário de Planejamento do governo do ex-prefeito Celso Pitta, vice-prefeito e prefeito de São Paulo com José Serra, deputado federal por dois mandatos e ministro de Estado de Dilma Rousseff e Michel Temer. Em 2011, fundou o PSD ao lado de dissidentes do PPS, PSDB e DEM. Treze anos depois, é o “rei” do Brasil.
Super partido para 2026
O PSD de Kassab é o campeão de prefeituras pelo país, com 887 municípios administrados por seus quadros. Em São Paulo, o maior colégio eleitoral do Brasil, é também o principal, com 206 das 645 cidades paulistas. No segundo maior colégio eleitoral, Minas Gerais, fez 142 prefeitos dos 853 municípios mineiros, incluindo Belo Horizonte, a capital.
Por falar em capitais, o partido comandará o maior número delas (cinco) ao lado do MDB: Eduardo Paes (Rio), Fuad Noman (Belo Horizonte), Eduardo Pimentel (Curitiba), Topázio Neto (Florianópolis) e Eduardo Braide (São Luís). E também o maior número de habitantes, aproximadamente 37 milhões de pessoas.
Influente, com “penetração suprapartidária” e capaz de enxergar o tabuleiro político nacional como poucos, Kassab prepara voos ainda mais altos. O governo de São Paulo é sua próxima meta. A Presidência da República, a seguinte. Tudo o mais constante, se repetir os últimos anos, tem tudo para chegar lá.
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