“Cabeça de ovo, supremo é o povo”; agora ele cai
Eu pensava que enviar sinais para ETs e cantar o hino nacional para um pneu eram o ápice da genialidade revolucionária desse pessoal
Não confio muito em livros, ou filmes, que retratam momentos cruciais da história humana como representações fidedignas de fatos reais. A própria Bíblia – ou a Torá ou o Corão, tanto faz o livro sagrado -, justifica minha percepção.
Quem narra algo o faz a partir da própria ótica, interpretação e interesse. Um quadro, um texto, uma música ou qualquer expressão audiovisual de um fato é criada não necessariamente pela realidade, mas pela interpretação desta pelo autor.
As histórias da Revolução Francesa, por exemplo, são sem dúvida alguma fascinantes, mas sempre me pergunto: foi assim mesmo? De igual sorte, a crucificação de Cristo, o “grito de independência do Brasil”, a valentia sempre elegante de Napoleão.
Fato ou Fake
O surgimento da fotografia, em 1826, e sua evolução para os filmes, décadas depois, até os atuais drones equipados com câmeras 8K, transformaram fantasia em realidade, pero no mucho, já que edição, trilha e locução podem, igualmente, alterar os fatos.
Contudo, não há – ou haverá – Photoshop, Canva, Movie Maker ou o mais genial aplicativo de áudio e vídeo, que transformem em drama apoteótico a dantesca cena de alguns milhares de bolsonaristas na Avenida Paulista, neste sábado, 7 de setembro, pedindo o impeachment do ministro do Supremo, Alexandre de Morais.
Sob a regência do grande estadista Silas Malafaia, ladeado por homens do mais alto grau de honestidade e espírito público, como Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro, e de pensadores como Nikolas Ferreira e Carla Zambelli, a multidão de patriotas deu o tom: “Cabeça de ovo, supremo é o povo”.
Xandão já era
Olha, eu pensava que enviar sinais de celular para ETs e cantar o hino nacional para um pneu de trator eram o ápice da genialidade revolucionária desse pessoal. Hoje, sei que são superáveis por si mesmos. Não têm limites. Estão de parabéns!
Vou dizer uma coisa: não há Supremo, não há Senado, não há Rodrigo Pacheco, não há nada nem ninguém “neff paíff” (como diria aquele outro gigante da política tupiniquim) que resista a um brado tão profundo, tão valente e tão simbólico assim.
Anotem aí: agora vai. Xandão já era!
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