Boulos “troca” invasão e carteira assinada por empreendedorismo; nada como uma eleição
Ou o psolista deixou o passado “soviético” para trás, ou é apenas mais um embusteiro a prometer o que não acredita e que não irá cumprir
O deputado federal e candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), aceitou incluir em seu programa de governo – em troca de apoio, obviamente – três propostas de sua colega de Congresso e ex-adversária, Tabata Amaral (PSB), visando a disputa do segundo turno da eleição municipal contra o atual prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB).
Dentre elas, acreditem ou não os mais céticos, o programa Jovem Empreendedor, que promete oferecer crédito a jovens de 18 a 29 anos, para abrirem o próprio negócio. Sim, meu caro leitor, minha cara leitora, Boulos, agora, pretende incentivar o empreendedorismo, ou seja, tornar “capitalista selvagem” um jovem inocente, um empresário, vejam, só, aquela espécie cruel que apenas explora o pobre trabalhador.
Historicamente, Boulos e as esquerdas brasileiras defendem a ideia de que um “bom futuro” é reservado apenas a quem estuda e consegue um trabalho com carteira assinada. Acreditam que o empresariado é explorador e que tem de ser fiscalizado, tributado e punido ao máximo. Acessoriamente, defendem o máximo de assistencialismo estatal e, especificamente, ainda que não só o psolista, a “função social da propriedade”.
Ocupação, não; invasão
Não por acaso, portanto, a escolha de Boulos como um dos líderes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), grupo que invade propriedades públicas e privadas, sob o argumento de ser previsto, na Constituição Federal, a tal “função social da propriedade”. O que nem ele nem os demais invasores lembram, é que tal ditame só pode ser levado a cabo após o devido processo legal e autorização judicial.
Em um dos recentes debates eleitorais, o arruaceiro digital em pele de candidato, Pablo Marçal (PRTB), esfregou na fuça de “Boules”, como jocosamente o chama, uma carteira de trabalho, dando a entender que o rival jamais havia trabalhado. Não é verdade. Boulos é professor e, concordem ou não, ser parlamentar também é uma profissão – das mais bem remuneradas e fáceis do país, diga-se de passagem.
Porém, é fato que nunca foi um trabalhador clássico, daqueles que batem ponto, ou mesmo um pequeno comerciante, que abre e fecha o próprio estabelecimento, fazendo de tudo um pouco para ganhar o pão. Ao adotar a proposta de Tabata, ou Guilherme Boulos mostra que evoluiu e deixou o passado “soviético” para trás, ou é tão somente mais um embusteiro a prometer aquilo que, não apenas não acredita, como jamais, se eleito, irá cumprir.
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