Crusoé: “Mais um enrosco para a Casa Branca”
Com duas frentes de guerra, em Israel e na Ucrânia, o governo dos Estados Unidos teme ter de lidar com uma terceira, para defender Taiwan, diz Crusoé...
Com duas frentes de guerra, em Israel e na Ucrânia, o governo dos Estados Unidos teme ter de lidar com uma terceira, para defender Taiwan, diz Crusoé.
“Ao planejar o maior ataque terrorista da história de Israel, o Hamas escolheu cuidadosamente a data. A invasão do sábado, 7 de outubro, ocorreu um dia após os 50 anos do início da Guerra do Yom Kippur, em 1973. Nesse conflito, o último lançado por países árabes contra Israel, o país foi pego desprevenido, da mesma maneira como ocorreu esta semana. Outra semelhança é que a invasão se deu durante um feriado religioso, pois os judeus estavam celebrando o Alegria da Torá, que marca o fim da leitura do livro sagrado. Mas há ainda outra similaridade, que o Hamas não previu. Na Guerra do Yom Kippur, os Estados Unidos deram apoio irrestrito a Israel, garantindo a vitória do país naquele confronto e estabelecendo uma parceria que se estenderia pelas décadas seguintes. Meio século depois, esses laços entre americanos e israelenses foram renovados, o que terá implicações para o resto do mundo.”
“Naquele conflito em 1973, Egito e Síria iniciaram, com apoio da União Soviética, uma invasão para reconquistar territórios que esses países tinham perdido na Guerra dos Seis Dias, de 1967. Rapidamente, o presidente americano Richard Nixon estabeleceu uma ponte aérea para enviar mantimentos e munições para os israelenses acuados. “Mandem tudo o que puder voar”, disse Nixon naquela época. Foi a maior ponte aérea militar da história, superior até à que abasteceu Berlim após a Segunda Guerra Mundial. Com os suprimentos americanos, os israelenses contra-atacaram, vencendo a guerra três semanas depois.”
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