O cúmulo da tentativa de reescrever a história é tentar apagar crimes confessados por 77 delatores da Odebrecht, forçando a mão para embaralhar datas e procedimentos, a fim de alegar falhas de formalização das provas.
Parte-se do objetivo de anular tudo para a busca do pretexto.
O pedido formal para cooperação com a Suíça foi feito em 17 de maio de 2016, 5 meses e meio ANTES do acordo de leniência com a empreiteira.
Depois, o acordo foi homologado pelo STF e a Odebrecht entregou espontaneamente os dados de propina no Brasil, em março de 2017, 6 meses ANTES de a Suíça entregar os mesmos dados solicitados.
Em resumo: tudo foi formalizado? Sim, ao contrário do que dizia a decisão de Dias Toffoli. Apenas não foi preciso esperar a entrega pela Suíça, porque a própria Odebrecht entregou as provas.
O que fez o lulismo?
Primeiro, fingiu que não havia formalização de cooperação internacional. Dias Toffoli partiu dessa premissa falsa para anular o acordo de leniência. Mas, quando a ANPR revelou os dados da formalização, o Ministério da Justiça do governo Lula localizou e admitiu a cooperação com a Suíça.
Segundo, o lulismo fingiu que era preciso esperar a entrega dos dados pela Suíça para validar o acordo de leniência, que não depende de cooperação internacional alguma.
Terceiro, o lulismo plantou entre seus porta-vozes na imprensa que a Lava Jato tinha tentado “esquentar” provas, que, na verdade, foram entregues pela própria empresa que confessou seus crimes.
Ou seja: quando o pretexto é desmascarado, muda-se o pretexto para manter, a todo custo, a vingança do sistema e voltar à velha farra, com a impunidade geral.
Mas a história jamais será apagada.
Assista ao comentário de abertura de Felipe Moura Brasil no Papo Antagonista desta quarta-feira (13):