O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) enviou nesta terça-feira (12) pedido ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de compartilhamento de provas a respeito dos envolvidos nas transações de venda e recompra das joias sauditas. Uma das questões que o órgão quer esclarecer é a origem do dinheiro usado para reaver os objetos.

“[…] Solicito que Vossa Excelência promova o compartilhamento de provas julgadas aptas a demonstrar a participação dessas pessoas no ilegal processo de venda/recompra de bens pertencentes ao patrimônio da União, inclusive aquelas decorrentes da quebra de sigilo bancário do ex-presidente e sua esposa nos EUA“, diz trecho do ofício encaminhado pelo subprocurador-geral Lucas Furtado a Moraes.

No documento, Furtado diz que no âmbito das novas apurações a serem empreendidas pelo TCU, poderão ser responsabilizados, além do ex-presidente, os agentes envolvidos nas transações de venda e de recompra. O subprocurador-geral pontua que o sucesso da investigação da Corte de Contas depende da colaboração do STF. “Tais elementos, em meu julgamento, mostram-se essenciais para a correta delimitação das responsabilidades nos autos da representação por mim submetida à Corte de Contas”, finalizou o subprocurador-geral.