Diretor-geral da PF depõe em processo interno de Anderson Torres
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, prestou, na manhã quinta-feira (31), um depoimento à própria instituição na condição de testemunha em processo...
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, prestou, na manhã quinta-feira (31), um depoimento à própria instituição na condição de testemunha em processo interno contra Anderson Torres (foto).
Ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Torres também é delegado concursado e pode acabar expulso da instituição.
Ele é alvo de um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) pela sua atuação no contexto do 8 de janeiro.
Segundo O Globo, a apuração da PF aponta duas possíveis “transgressões disciplinares”. A primeira é desídia, que significa negligência ou falta de atenção e zelo. E a segunda é omissão em evitar a destruição do patrimônio público.
Torres já teve que estornar R$ 87,5 mil em salário da instituição recebido nos quatro meses em que cumpria prisão preventiva, entre janeiro e maio.
Ele é acusado de “omissão dolosa” por sua atuação como secretário de Segurança Pública do DF durante a invasão. No cargo havia poucos dias, Torres viajou para os EUA em férias na antevéspera do 8 de janeiro — as férias estavam previstas para o dia 9, mas ele afirmou à PF que o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), sabia da antecipação.
Quatro dias após emissão de mandado de prisão, Torres retornou ao Brasil e se entregou à Justiça do DF em 14 de janeiro.
Investigações da PF também envolvem o recém-solto em esquema de fraude nas eleições de 2022.
Com base em denúncia da ex-diretora de Inteligência da PF Marília Ferreira Alencar, a PF afirma que Torres teria demandado o mapeamento dos locais de votação mais expressiva de Lula (PT) no primeiro turno das eleições.
A finalidade seria coordenar operações da PRF no dia do segundo turno no Nordeste para coagir eleitores do petista. Mapa foi recuperado do celular de Alencar.
Essa investigação foi motivo citado por Moraes para recusar o último pedido de liberdade feito pela defesa de Torres, no final de abril.
Há ainda a minuta do golpe, incluída em inquérito no TSE contra Jair Bolsonaro. Em execução de mandado de busca na casa de Torres, a polícia encontrou, próximo a pertences pessoais, um esboço de decreto de intervenção no TSE.
O texto previa a instalação de um colegiado composto majoritariamente por indicados do governo e das Forças Armadas para revalidar o resultado das eleições.
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