O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano, a mais alta desde novembro de 2016.

A decisão foi divulgada pelo Banco Central após reunião nesta quarta-feira (21). A votação foi unânime. Essa é a sétima vez que o indicador é preservado.

A manutenção do patamar dos juros desagrada o presidente Lula, que considera a taxa fora da realidade da “boa onda econômica” que o país vive. O governo usa como argumento a inflação controlada e a expectativa de crescimento do PIB para justificar o corte.

Técnicos do Ministério da Fazenda acreditam que o Copom só reduza os juros a partir de agosto. É o mesmo entendimento do mercado financeiro.

O coro contra o Banco Central e o chefe da instituição, Roberto Campos Neto, é a forma que o governo encontrou para pressionar a redução da taxa de juros.

Nos embates, ministros como Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) já fizeram declarações contra Campos Neto e os juros. O PT está com uma campanha popular sobre o assunto.