Anderson Torres (foto) afirmou em depoimento no início da semana que sugeriu que a PRF atuasse como substituta da Polícia Federal no segundo turno das eleições em cidades nas quais a PF “não conseguisse atender”.

O ex-ministro da Justiça depôs à PF na segunda-feira (8) sobre suposto esquema para coibir eleitores de Lula no segundo turno das eleições do ano passado

O inquérito da polícia aponta que um relatório teria sido usado para mapear em quais cidades o então candidato à presidência Lula teve mais votos e, assim, organizar as operações da PRF no Nordeste.

Episódio importante desse caso é a visita de Torres e do então diretor-geral da PF Márcio Nunes Oliveira à Superintendência da PF na Bahia, ocorrida seis dias antes do segundo turno.

Sobre isso, o ex-ministro disse que “não solicitou que a PF trabalhasse de forma conjunta com a PRF” e que ele e Oliveira “sugeriram que nas cidades nas quais a PF
não conseguisse atender, fosse solicitado que a PRF o fizesse”.

Ainda segundo o depoimento, Torres afirmou não saber se a sugestão foi acatada.

Como noticiamos antes, o ex-ministro afirmou que a visita foi convite do próprio Oliveira para visitar as obras da superintendência da corporação, assim como para apurar suposta atuação do crime organizado na região, que já se provara inexistente.

Entretanto, segundo o G1, interlocutores de Oliveira afirmam que ele participou da visita contra a sua vontade. O ex-diretor-geral deve prestar depoimento à PF.