Rodolfo Borges na Crusoé: “Cuca, o som e a fúria”
Condenado em caso de estupro há mais de 30 anos, Cuca atesta Faulkner: o passado nunca morre, diz Rodolfo Borges na Crusoé...
Condenado em caso de estupro há mais de 30 anos, Cuca atesta Faulkner: o passado nunca morre, diz Rodolfo Borges na Crusoé.
“Cuca foi condenado em 1989 em um caso de estupro de uma menina de 13 anos na Suíça, ocorrido dois anos antes, em Berna. Ele e outros três atletas do Grêmio estavam no quarto de hotel onde a violação teria ocorrido, durante uma excursão do clube gaúcho pela Europa. À época, o então jogador disse que a menina subiu ao apartamento para manter relação consentida com um dos colegas, cujo nome nunca revelou, e que todos acabaram envolvidos numa trama jurídica de disputa da guarda pelos pais da vítima. Os quatro permaneceram 30 dias detidos e acabaram condenados a 15 meses de prisão — não chegaram a cumprir a pena, porque o Brasil não extradita seus cidadãos.”
“‘O passado nunca morre. Nem sequer é passado’, diz o advogado Gavin Stevens a Temple Drake, em Réquiem por uma freira (Nova Vega), de William Faulkner. Essas são duas das frases mais emblemáticas do autor americano, uma síntese de sua obra, na qual as personagens vivem assombradas pelo que fizeram, como em Luz em agosto (Companhia das Letras) e O som e a fúria (Companhia das Letras). O enredo do livro de onde a constatação sobre o passado saiu envolve o assassinato de um bebê, uma condenação à morte e um estupro — Faulkner não pega leve.”
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