Crusoé: “Utopia de retrovisor”
É grande a tentação do uso de clichês ao fazer um texto sobre os 100 primeiros dias do governo Lula, diz Leonardo Barreto, na Crusoé desta semana...
É grande a tentação do uso de clichês ao fazer um texto sobre os 100 primeiros dias do governo Lula, diz Leonardo Barreto, na Crusoé desta semana.
“Com a repetição de programas da primeira passagem do PT pelo Planalto (2003 e 2015), o primeiro impulso é caracterizar esta gestão como um ‘museu de grandes novidades’, para usar um verso de Cazuza da canção O tempo não para. Outra possibilidade é lembrar o vaticínio de Karl Marx no 18 Brumário de Luís Bonaparte, de que ‘a história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa‘ para fazer uma previsão tendo o bônus de usar o principal mentor intelectual da esquerda.”
“Mas, se o uso de clichês emburrece, pode também servir de isca para não assustar leitores em contato com temas complexos e conduzi-los para reflexões mais críticas. O que se vê neste momento é uma difícil crise de utopia vivida pelo governo. A falência da fábrica de horizontes que um dia foi o PT está evidente desde a campanha, cuja principal promessa foi uma chuva de ‘picanha e cerveja‘.”
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