Crusoé: “Não há como escapar do Brasil”
O sentimento de que nosso país fracassou não é em absoluto incomum. Tal desalento assola, em diferentes circunstâncias, os partidários dos dois campos ideológicos que dividem o eleitorado, diz Jerônimo Teixeira na Crusoé...
O sentimento de que nosso país fracassou não é em absoluto incomum. Tal desalento assola, em diferentes circunstâncias, os partidários dos dois campos ideológicos que dividem o eleitorado, diz Jerônimo Teixeira na Crusoé.
“O Brasil acabou quando Bolsonaro foi eleito. Também acabou quando Bolsonaro perdeu a reeleição – só não para o mesmo contingente de brasileiros. Isso é trivial. O curioso é que uma pessoa possa tomar a mendicância como marco definitivo da decadência nacional.”
“No ano passado, em sua campanha para se eleger mais uma vez presidente do Brasil em 2003, Lula vangloriou-se de um tempo em que não se via no país crianças pedindo esmola. Pois eu não recordo de um tempo em que se transitasse por São Paulo sem encontrar meninos e meninas pedindo dinheiro no semáforo (ou “farol”, como dizem os locais). Claro que isso varia conforme as circunstâncias econômicas. O crescimento do número de pedintes e de moradores de rua é quase um papel tornassol da crise. No bairro em que vivo, região central de São Paulo, o crescimento dessa população desassistida foi nítido nos anos recessivos de Dilma Rousseff – e voltou a se verificar nos anos recentes.”
LEIA MAIS AQUI; assine e Crusoé e apoie o jornalismo independente.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)