A defesa de Sérgio Cabral (foto) pediu ao STF a suspensão da ação penal em que o ex-governador do Rio de Janeiro foi condenado a 14 anos e dois meses de prisão na Operação Lava Jato. 

Em solicitação enviada ao ministro Ricardo Lewandowski, o ex-governador solicitou que todos os atos de Sergio Moro no processo sejam anulados, devido a uma suposta “parcialidade” do ex-juiz.

Segundo O Globo, os advogados afirmam que as conversas divulgadas na Operação Spoofing, que investigou o roubo de mensagens dos integrantes da força-tarefa, comprovariam “o uso político do processo, a manipulação do juiz natural e da atuação de colaboradores premiados, a parcialidade dos magistrados das ações penais, entre outras ilicitudes que amesquinham os pilares de um Estado Democrático de Direito.”

Os advogados de Cabral também pediram acesso a todas as mensagens trocadas por Moro com os integrantes da força-tarefa que estejam relacionadas ao ex-governador.

Após solicitação semelhante, Lewandowski negou ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha acesso às mensagens roubadas da Lava Jato.

Alvo de inúmeras acusações de corrupção, cujas condenações somadas chegam a 425 anos de cadeia, Cabral foi o último preso da Lava Jato a deixar o sistema prisional, em dezembro de 2022.