Lula vai imprimir dinheiro?
O esgarçamento nas tratativas para a aprovação da PEC da Gastança na Câmara, segundo lideranças partidárias envolvidas nas negociações, se deve a um dado concreto e intransponível...
O esgarçamento nas tratativas para a aprovação da PEC da Gastança na Câmara, segundo lideranças partidárias envolvidas nas negociações, se deve a um dado concreto e intransponível.
Mesmo ampliando o teto de gastos, os parlamentares foram informados pela equipe econômica que não haverá dinheiro suficiente no caixa para pagar o Bolsa Família, recompor orçamento e distribuir emendas — secretas ou não — em 2023.
A informação pegou de surpresa diversos parlamentares que já tinham antecipado o aval à PEC, com base nas promessas de Arthur Lira. “Estão vendendo terreno na lua”, diz um cacique partidário.
Outro comparou a promessa de pagamento de emendas só no segundo ano de mandato de Lula a uma espécie de “voucher”. “É uma espécie de pedalada nas emendas parlamentares. Inadmissível”, afirma.
A situação ficou ruim não só para Lula, mas para Lira, que contava com o apoio dos colegas para sua reeleição em fevereiro. E também para o futuro presidente, que não terá margem para cumprir todas as promessas.
A menos que resolva imprimir dinheiro… ou decida colocar a mão nas reservas do Tesouro Nacional, hoje acima de R$ 1 trilhão. Talvez isso explique a pressa de Roberto Campos Neto em cair fora do Banco Central o quanto antes. Talvez.
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