Crusoé: “A institucionalização da corrupção”
O economista Bruno Brandão (foto) dirige a Transparência Internacional no Brasil. Nessa ONG de combate à corrupção, com sede em Berlim e presença em 130 países, ele acompanha...
O economista Bruno Brandão (foto) dirige a Transparência Internacional no Brasil. Nessa ONG de combate à corrupção, com sede em Berlim e presença em 130 países, ele acompanha de perto, há mais de dez anos, os avanços e retrocessos nas leis e na atuação das instituições nacionais.
Sua maior preocupação atualmente é com a institucionalização da corrupção no Brasil. Em entrevista à Crusoé, Brandão afirmou que o Orçamento Secreto foi uma maneira da elite política assaltar diretamente os cofres públicos e teme que esse recurso esteja disponível no governo Lula.
“Não satisfeitos com os fundos partidário e eleitoral bilionários, eles assaltaram o orçamento público federal. É o Orçamento Secreto, o maior sistema de institucionalização da corrupção na história brasileira”, afirmou o diretor da Transparência Internacional no Brasil
“[…] No Orçamento Secreto, o recurso sai da área da saúde, mas é direcionado para atender aos objetivos paroquiais e eleitoreiros dos parlamentares. O dinheiro, então, pode ser gasto na compra de ambulâncias ou na construção de postos de saúde em localidades onde não há necessidade. Além disso, ocorre uma pulverização da corrupção. Os recursos no Orçamento Secreto são enviados para municípios pobres e pequenos, onde não há qualquer capacidade institucional de controlar esses gastos milionários”, acrescentou.
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