Jerônimo Teixeira, na Crusoé: “O mal que Bolsonaro fez ao liberalismo”
Em artigo para a Crusoé publicado neste domingo (30), Jerônimo Teixeira analisa como a chegada de Jair Bolsonaro (PL) ao poder levou "um contingente" de autoproclamados liberais "gravitarem insensivelmente" para o bolsonarismo...
Em artigo para a Crusoé publicado neste domingo (30), Jerônimo Teixeira analisa como a chegada de Jair Bolsonaro (PL) ao poder levou “um contingente” de autoproclamados liberais “gravitarem insensivelmente” para o bolsonarismo.
“Com a vitória de Jair Bolsonaro em 2018, um contingente expressivo de políticos, economistas, empresários, jornalistas que se declaram liberais gravitaram insensivelmente para a órbita do governo, e muitos aí permanecem a despeito da instabilidade institucional, do negacionismo sanitário, das ameaças à democracia, do orçamento secreto, dos furos no teto de gastos e dos rombos no céu da razão – a despeito, em suma, de Bolsonaro.
A justificativa costuma ser pragmática: Bolsonaro é ruim, mas não é a esquerda, e com ele as reformas andam. Só que, na conta das reformas e privatizações, o governo de Fernando Henrique Cardoso ainda ganha com folga do desgoverno atual – e sem ter jamais recorrido à gritaria histérica e hidrofóbica que é a marca de Bolsonaro em sua permanência beligerância com o STF, com a imprensa e com Leonardo DiCaprio. De resto, pode-se reconhecer a importância de algumas medidas do governo – só um negacionista da aritmética acreditaria que não era necessário reformar a previdência – sem nem por isso abraçar o pacote bolsonarista completo. A reforma da previdência, afinal, foi aprovada com o apoio do então presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que fez mais para conter os descalabros bolsonaristas do que toda a bancada parlamentar da esquerda…”
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