O ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ordenou nesta sexta-feira (28) a retirada do ar de um grupo de Telegram de apoio a Jair Bolsonaro, com mais de 180 mil participantes. A atuação do grupo foi revelada em matérias dos sites UOL e A Pública.

O grupo, conhecido como “Nova Direita 70 Milhões”, estaria promovendo discurso de ódio e violência durante o período eleitoral. Em um dos áudios analisados pelo tribunal, um dos líderes do grupo, o empresário Jackson Vilar, diz: “Eu estou cansado de ver frouxo. Tem que quebrar no pau, tem que acabar, pegar uma urna dessa e quebrar ela todinha no pau“.

Em outro momento, Vilar – que se notabilizou como organizador de motociatas de Bolsonaro em São Paulo – diz: “A vontade que eu tenho é de meter bala na cabeça do Xandão, só não tive oportunidade ainda”. Após a publicação da matéria, membros do grupo passaram a ameaçar o jornalista do A Pública, autor da matéria.

O ministro resume que a atuação do grupo “vem a público em conjunto com uma série de falas odiosas e com expressa apologia à prática de atos criminosos e violentos, como agressões físicas a opositores, em detrimento da liberdade de voto, assim como o atentado a vida de uma autoridade do Poder Judiciário Eleitoral.”