“Ameaça à ciência”, diz a revista Nature, sobre Bolsonaro
A revista científica Nature publicou nesta terça-feira (25) um editorial contra a reeleição de Jair Bolsonaro. Com o título “Há apenas uma escolha na eleição do Brasil —para o país e para o mundo”, a publicação britânica afirmou que um eventual segundo mandato do político representaria “uma ameaça à ciência, à democracia e ao meio ambiente”...
A revista científica Nature publicou nesta terça-feira (25) um editorial contra a reeleição de Jair Bolsonaro. Com o título “Há apenas uma escolha na eleição do Brasil —para o país e para o mundo”, a publicação britânica afirmou que um eventual segundo mandato do político representaria “uma ameaça à ciência, à democracia e ao meio ambiente.”
“Populista e ex-capitão do Exército, Bolsonaro assumiu o cargo negando a ciência, ameaçando os direitos dos povos indígenas, promovendo armas como solução para preocupações de segurança e promovendo uma abordagem de desenvolvimento a todo custo para a economia. Bolsonaro foi fiel à sua palavra. Seu mandato foi desastroso para a ciência, o meio ambiente, o povo do Brasil — e do mundo”, disse a revista.
“O histórico de Bolsonaro é de arregalar os olhos. Sob sua liderança, o meio ambiente foi devastado quando ele retirou as proteções legais e menosprezou os direitos dos povos indígenas. Somente na Amazônia, o desmatamento quase dobrou desde 2018, com mais um aumento esperado quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do Brasil divulgar seus últimos dados de desmatamento nas próximas semanas”, escreveu a Nature.
A publicação científica também traçou um paralelo entre Bolsonaro e Donald Trump na condução da pandemia de Covid e disse que o presidente brasileiro é um “lembrete” do que acontece quando “aqueles que elegemos desmantelam ativamente as instituições destinadas a reduzir a pobreza, proteger a saúde pública, impulsionar a ciência e o conhecimento, proteger o meio ambiente e defender a justiça e a integridade das evidências.”
“Os eleitores do Brasil têm uma oportunidade valiosa para começar a reconstruir o que Bolsonaro derrubou. Se Bolsonaro pegar mais quatro anos, o dano pode ser irreparável”, concluiu a publicação.
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