Orlando Tosetto, na Crusoé: “Ninguém mais tem o tribunal que nós temos”
Em sua coluna na edição da Crusoé desta sexta-feira (21), Orlando Tosetto (foto) discute sobre o "mal-estar" pelo qual passa quando assiste a debates políticos...
Em sua coluna na edição da Crusoé desta sexta-feira (21), Orlando Tosetto (foto) discute sobre o “mal-estar” pelo qual passa quando assiste a debates políticos.
“Parei de assistir a debates políticos porque fico doente. O amigo talvez ache que eu me refiro a alguma doença psicológica, mas não é só isso: meu mal-estar é muito mais físico. Da última vez que assisti a um debate presidencial, por exemplo (foi em 1989; acho que lá estavam Brizola, Marronzinho, Sílvio Santos e Enéas), perdi três quartos dos cabelos, fiquei temporariamente cego de um olho e torto da espinha.
O médico que me atendeu no pronto-socorro disse que era um caso brando de quasimoditis acutae, doença dos nervos cuja manifestação é deixar o doente parecido com o Corcunda de Notre Dame. Tomei antibióticos e uma antirrábica, e o doutor me proibiu de assistir a qualquer outro debate – inclusive mesa-redonda de futebol – pelo resto da vida, sob pena de ver a quasimoditis se transformar numa dilmoluscatitis glossolalica crônica, que não tem cura e, além dos outros sintomas, ainda deixa os olhos vesgos e aumenta muito a capacidade de falar besteira (e olha que a minha já é enorme)…”
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