Relatora no STJ diz que Paulo Dantas comprou mansão de 8 milhões
A ministra Laurita Vaz (foto), do Superior Tribunal de Justiça (STJ), defendeu nesta quinta-feira (13) sua decisão que autorizou o afastamento do governador de Alagoas Paulo Dantas (MDB) do cargo, na última terça-feira (11)...
A ministra Laurita Vaz (foto), do Superior Tribunal de Justiça (STJ), defendeu nesta quinta-feira (13) sua decisão que autorizou o afastamento do governador de Alagoas Paulo Dantas (MDB) do cargo, na última terça-feira (11). O caso é julgado neste momento pela Corte Especial.
Ao ler seu voto, a ministra disse que Dantas coordenava “engenhoso esquema de peculato”, desviando recursos da Assembleia Legislativa por meio de funcionários fantasmas ao menos desde 2019, quando era primeiro-secretário.
Laurita acrescentou que Paulo Dantas e sua esposa, Marina, teriam comprado imóveis luxuosos com os valores desviados pelo esquema. “No curto espaço de tempo de aproximadamente três anos, eles experimentaram um aumento exuberante no padrão de vida, pois passaram de um apartamento da classe média com 133 metros quadrados para uma mansão recém-adquirida por R$ 8 milhões”, disse.
A magistrada afirmou que sua decisão não tem nenhum viés político e coroa um trabalho “de altíssimo nível” da Polícia Federal, que desbaratou o esquema. “Tudo foi conduzido dentro da mais perfeita normalidade“, disse Laurita durante a sessão da Corte Especial.
“A organização criminosa não se deixou se intimidar e continuou o esquema de desvio do dinheiro público, implementando alguns ajustes ao modus operandi”, continuou.
Sem citar nomes, a ministra rebateu insinuações feitas por Renan Calheiros (MDB-AL), aliado de Paulo Dantas, que acusou Laurita de fazer uso político do caso.
“Nenhuma manifestação ou decisão que sobrescrevi foi motivada por razões políticas. Não ingressei no Superior Tribunal de Justiça para pautar minha atuação jurisdicional em fundamentos de ordem política”, ela disse. “Se eu tivesse sentado em cima dos autos em razão das eleições, aí sim estaria agindo com viés político, porque estaria esperando fato estranho aos autos de inquérito em regular andamento.”
Ela ainda faz a leitura de seu voto. Após a conclusão, os 15 ministros mais antigos da corte votarão sobre a decisão da ministra.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)