Crusoé: “Obrigado por ouvir a palavra do voto inútil”
“Façam o leitor, a leitora, de conta que eu mesmo sou um desses velhos vendedores, ou um dos religiosos modernos, que agora lhe bate à porta e, com sorriso amarelo, bigodinho ralo e terno da Ducal, venho lhe perguntar se já considerou hoje as vantagens ou se aceita ouvir a palavra do voto inútil”, diz Orlando Tosetto Júnior...
“Façam o leitor, a leitora, de conta que eu mesmo sou um desses velhos vendedores, ou um dos religiosos modernos, que agora lhe bate à porta e, com sorriso amarelo, bigodinho ralo e terno da Ducal, venho lhe perguntar se já considerou hoje as vantagens ou se aceita ouvir a palavra do voto inútil”, diz Orlando Tosetto Júnior, em artigo para a Crusoé desta semana.
“Aceite, dado que é mostruário pequeno e palavra ligeira. Ei-los: no turno, vote em quem achar que deve, e deixe o voto útil (que, cá entre nós, é coisa que nem existe) pro returno. Se sua preferência, senão seu coração, estiver ao lado do abantesma que tem 0,12% dos votos, vá nele.”
“Relaxa. Não vai ser o seu voto que vai decidir isso. Seu voto é um-cento-e-cinquenta-e-seis-milhões-de-avos; é, com todo o respeito, um suspiro num furacão, é uma gotinha de dipirona no Amazonas. É tão pequeno, tão pouquinho, que nem conta. Não seria útil nem mesmo se você quisesse.”
LEIA MAIS AQUI; assine a Crusoé e apoie o jornalismo independente
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)